Comida típica de Minas Gerais: por que é tão famosa?
Quando se pensa em Minas Gerais, a associação direta com o pão de queijo é inevitável. No entanto, a comida mineira agrada os mais diversos paladares com pratos simples, mas deliciosos no quesito sabor. Além disso, é quase impossível visitar o estado e não voltar com uma mala cheia de queijos e doces. A riqueza dessa gastronomia está na cozinha com as panelas de barro e no fogão a lenha.
Os itens que lembram ambientes mais rurais e locais simples, agregam ao sabor das comidas e carregam como marca a miscigenação brasileira. Isto é, a razão para a comida mineira ser tão famosa é a diversidade de culturas, ingredientes, receitas e sabores. Não é à toa que a culinária mineira tem sido sinônimo de hospitalidade e cordialidade pela sua mistura.
Comidas típicas de Minas Gerais salgadas
Veja a seguir quais ingredientes você precisa para fazer na sua casa as receitas típicas mineiras e como matar a vontade de uma das comidas mais saborosas do Brasil.
■Frango com quiabo
Esta receita de Frango com Quiabo costuma pegar as coxinhas de frango que são douradas na frigideira e depois cozidas junto com o quiabo, formando um guisado. Além disso, é necessário para a receita: 1 pimentão amarelo, 1 tomate italiano maduro, 1 cebola, 2 dentes de alho e caldo de 2 limões, 1 colher (chá) de cominho em pó, 1 colher (chá) de colorau, azeite a gosto, sal e pimenta-do-reino moída.
O prato se popularizou no século 19, quando Minas Gerais tinha dificuldade para transportar alimentos de outros estados, mas frango caipira e quiabo estavam facilmente disponíveis. E assim, nasceu esse clássico da culinária mineira, transformando simplicidade em iguaria.
■Tutu à mineira
Também conhecido como Tutu de feijão, este prato é muito simples e super nutritivo. Seu preparo leva basicamente feijão batido com farinha de mandioca, um acompanhamento que vai muito bem com arroz, couve e porco. Em versões mais “aprimoradas”, o Tutu de Feijão traz também cebolinha, torresmo, bacon ou ovo cozido.
A receita é bem simples: 2 xícaras de feijão cozido, 1 cebola pequena picada em cubinhos, 3 dentes de alho picadinhos, 1 xícara de cheiro verde picado (opcional salsão), 1 gomo de linguiça calabresa cortada em rodelas, farinha de mandioca crua, orégano, sal e pimenta do reino a gosto e óleo de milho ou soja.
■Feijão tropeiro
Tropeiro é o nome dado aos peões brasileiros na época colonial. Por isso, o prato leva esse nome, uma vez que era o alimento mais comum dos tropeiros em suas viagens. A receita do feijão tropeiro é tradicionalmente feita com feijão cozido, farinha de mandioca, linguiça e torresmo. Ainda que os alimentos variem, a alma desta receita é o feijão e a farinha, que não podem faltar.
Os tropeiros utilizavam esses ingredientes pela praticidade e durabilidade em suas longas viagens, indo da região Centro-Oeste, Sudeste ao Sul do Brasil. Um bom feijão tropeiro deve ser feito com: 500g de feijão carioquinha cozido, 200g de toucinho, 1 concha de óleo, 1 cebola média picada, 4 dentes de alho, 5 ovos, 1 colher de sopa de sal com alho, cheiro verde e 200g de farinha de mandioca.
■Leitão à pururuca
De influência portuguesa, a receita do Leitão à Pururuca tornou-se muito popular na região de Minas Gerais. Na receita, o leitão fica bem temperado e assado com a pele, depois recebe um banho de óleo extremamente quente que deixa a pele estalando. Então o interior é macio e fica com uma crosta crocante. Aliás, pururuca é o termo dado à pele frita e crocante.
Para a receita, prepare os seguintes ingredientes: 1 leitão de aproximadamente 6kg, 3 colheres (sopa) de pimentão vermelho picado, 3 dentes de alho picado, 1 colher (café) de sal, 1 colher (café) de coentro em pó, 1 envelope de caldo de carne em pó e 1 xícara (chá) de óleo.
■Pão de queijo
Sem dúvida, o Pão de Queijo é uma das paixões nacionais, sendo encontrado em qualquer padaria e lanchonete do país. É popular por ser simples e ao mesmo tempo muito saboroso. É uma variação da chipa, tradicional nos vizinhos Argentina e Paraguai. Porém, a tradição é creditada a Minas Gerais.
O que não pode faltar em uma receita tradicional de pão de queijo mineiro é o amido, regular ou azedo, e muito queijo. Basicamente, a receita é: 800 g de polvilho doce, 1 xícara de água, 1 xícara de leite, 1/2 xícara de óleo, 2 ovos, 100 g de queijo parmesão ralado e sal a gosto.
■Vaca atolada
A vaca atolada é uma comida que remete a vida no campo, do fogão a lenha e da mesa farta. O prato tem como objetivo sustentar por mais tempo o trabalhador do campo, que cuida por horas seguidas da terra e dos animais. O prato tem como principais ingredientes a costela bovina e a mandioca.
Para fazer este prato típico, é necessário: 1 kg de mandioca descascada e picada, 4 tomates, 3 colheres (sopa) de cebola desidratada, cheiro-verde desidratado a vontade, 3 tabletes de caldo natural, 1 kg e 1/2 de costela de boi cozida, pimenta a gosto, 1 colher de sopa de colorau e tempero a gosto.
■Canjiquinha
Essa iguaria, também conhecida por xerém ou mungunzá, é feita de milho triturado de forma grosseira até se esfarelar, em seguida é cozido com carne de porco e outros temperos caseiros. Típico nas festas juninas, há ainda variações feitas com carne bovina, frango ou linguiça.
A receita precisa dos seguintes ingredientes: 200 g de canjiquinha fina (quirera), 300 g de carne moída, 2 tomates maduros em cubos, 1 cebola em cubos, 1 caldo de carne, 2 dentes de alho amassados, 3 colheres de óleo, Salsa a gosto, Sal a gosto, Cebolinha a gosto e água fervente e pimenta do reino.
■Ora-pro-nobis
Para a preparação desta receita, a costela de porco (comumente consumida desta forma) é refogada e depois cozida com folhas de ora-pro-nobis, trepadeira comum no estado de Minas Gerais. Reza a lenda que na cidade de Sabará, a planta servia como cerca viva em volta das igrejas, mas os padres não deixavam que as folhas fossem colhidas.
Então a população aproveitou o momento da missa para buscá-los, por isso o nome ora-pro-nobis, que vem do latim e significa “reze por nós”. Além do prato com costela, também é muito comum consumir ora-pro-nobis com frango, em bolinhos e saladas.
■Bambá de couve
Prato tradicional da cidade de Ouro Preto, é um caldo de fubá com couve e porco. O prato era consumido originalmente pelos escravos que aproveitavam o que restava do mingau de fubá do casarão e acrescentavam couve e carne de porco rasgadas. Também conhecido como Mingau de Couve, o Bambá de Couve é uma ótima pedida para os dias frios.
A receita é simples e precisa dos seguintes ingredientes: 1 litro de água, 2 cubos de caldo de carne ou galinha, 3 colheres rasas (sopa) de fubá, temperos a gosto, 1 colher (sopa) de azeite, 350 g de costelinha magra picada bem pequena e 200 g de paio.
■Porco melado
Uma das características de Minas Gerais é que é o quarto estado do país onde mais se produz carne de porco. Por isso, a carne de porco é muito presente, sendo famosos o tutu com lombo de porco, a costelinha de porco e o leitão à pururuca. Nesta receita, o lombo vem com um melado que pode ser feito a base de cachaça, mel e melado de cana.
Para fazer esta receita, os ingredientes são: 300 gramas de bacon cortado em tiras ou costelas de porco, 800 gramas de longo de corpo, cinco dentes de alho socados com duas colheres de sopa de sal, 3 colheres de sopa de azeite 1 litro de água, doze palitos de dente 2 maracujás azedos, 5 colheres de sopa de mel puro e uma colher de sopa de açúcar cristal.
■Pão de queijo mineiro com polvilho
O pão de queijo pode ter uma variação de farinhas, mas o mineiro tem a farinha de polvilho como a predileta para a iguaria. Este pão de queijo possui um sabor mais intenso e uma casquinha crocante por fora e o interior macio. Isso deixa o pão de queijo mais elástico, já que o pão fica mais leve, aerado e sequinho
Nesta receita tradicional, os ingredientes são: copo (americano) de polvilho azedo (500 g), 1 colher (sopa) tempero ou sal a gosto, 2 copos (americano) de leite (300 ml), 1 copo (americano) de óleo (150 ml), 2 ovos grandes ou 3 pequenos, 4 copos (americano) de queijo minas meia cura ralado e óleo para untar.
■Carne de sol assada no bafo
Apesar da carne de sol também ser típica do nordeste do país, Minas Gerais está a sul dos limites dessa região. Assim, o clima quente e árido faz com que seja perfeito para conservar a carne seca que passa por um processo de salgar e secar, em local coberto e bem ventilado. Normalmente, sempre são carnes bovinas e, apesar do nome, não é exposta aos raios solares.
Para fazer essa carne, deve ser em um local a lenha ou em uma churrasqueira fechada. Enrole em papel alumínio ou papel celofane durante as primeiras horas de fogo, isso permite que a carne fique bem macia, e no período final (última hora de fogo) remova o papel alumínio ou celofane para dourar a costela e também acentuar o sabor defumado do carvão.
■Caldo de mocotó
O caldo de mocotó é um dos pratos mais queridos pelos mineiros e também, nordestinos. Ícone da culinária nordestina e mineira, é uma das iguarias mais tradicionais dos botecos brasileiros. O caldo é conhecido por trazer diversos benefícios para a saúde. Um deles é que, ao ser cozido, é liberado o colágeno, que é responsável por manter o corpo saudável, especialmente as articulações.
Para fazer a receita, é necessário: 1 kg de mocotó, cortado em rodelas e bem lavado, água suficiente para cozinhar o mocotó, 1 cebola grande picada, 2 dentes de alho amassados, 1/2 xícara (chá) de coentro, 3 colheres (sopa) de salsinha, 1 colher (sopa) de extrato de tomate, pimenta malagueta ou pimenta vermelha a gosto, 1 limão (suco), sal a gosto e 5 colheres (sopa) de azeite.
■Angu
O Angu ou mais consumido em forma de pastel, é feito com fubá (angu) e foi introduzido na gastronomia mineira como forma de superar a ausência da farinha de trigo. Já os recheios mais comuns são carne, frango, queijo e palmito. No entanto, hoje há variações do recheio com vegetais. A história dessa autêntica iguaria mineira começa na cidade de Itabira do Campo.
Itabira do Campo foi onde dois escravos desenvolveram a receita com sobras de angu e recheio de flor de bananeira. Na receita, os ingredientes são: 1 litro de água, 1/2 kg fubá de milho moído em moinho d’água peneirado, 2 colheres de sopa de óleo, 1 colher de chá de sal, 1 ovo, 1 pitada de bicarbonato, 1/2 copo americano de polvilho azedo peneirado e recheio a gosto.
■Arroz carreteiro
Comumente chamado de “carreteiro”, o arroz carreteiro (ou arroz de carreteiro) é um prato típico da culinária brasileira, originário do Rio Grande do Sul. Surgiu quando os carreteiros (transportadores de cargas) que atravessavam o sul do Brasil em carretas puxadas por bois coziam em panela de ferro uma mistura de charque picada com arroz.
A receita se espalhou pelo Brasil, incorporando-se à culinária mineira no período de exploração de ouro e pedras preciosas, e de expansão colonial em Minas Gerais. Para fazê-lo, é necessário: 500 g de carne seca, 200 g de bacon, 350 g de linguiça calabresa (2 gomos), 2 cebolas, 4 dentes de alho, 2 medidas de copo de arroz, 4 colhores de azeite e 1 molho de cebolinha.
■Biscoito de polvilho
Esse é o biscoito mais popular do país, é predominante no gosto brasileiro e quase um patrimônio cultural. A origem do quitute é desconhecida. Ele é um prato tradicional mineiro. Não se sabe ao certo quem inventou a receita, só que é apenas é antiga.
A receita simples, leva: 500 g de polvilho azedo, 200 ml de água fervente, 150 ml de óleo em temperatura ambiente, 5 ovos e sal a gosto.
■Bolinho de aipim recheado com carne de sol
Dois quitutes constantes na alimentação mineira, o bolinho é uam variação que faz sucesso. Fácil, barato e gostoso, é o atrativo principal da culinária mineira. Portanto, para fazer essa receita, os ingredientes são: 1/2 kg de macaxeira cozida e amassada, 1/2 xícara de leite quente, 1 colher (sopa) de manteiga, sal a gosto e farinha de trigo suficiente para dar o ponto na massa (cerca de 3/4 de xícara, aos poucos).
Além disso, é necessário empanar. Utilize farinha de rosca e uma clara de ovo. Por fim, o recheio leva 250 g de carne de sol dessalgada, cozida e desfiada fino, 1 pimentão e uma cebola bem picadinhos, 1/2 xícara de coentro e cebolinha também finamente picados, 1 colher de manteiga e margarina misturadas e pimenta-do-reino e pimenta dedo-de-moça a gosto (opcional).
■Galinha ao molho pardo
Tradicional prato mineiro de origem portuguesa, foi incorporado em nossa culinária desde o século XIV. A exótica iguaria é preparada com sangue de galinha e cortes da ave. Por isso, a galinha deve ser abatida na hora do preparo e os cortes feitos na hora para que ela vá direto para a panela. Além disso, isso se faz também para que o sangue não coagule e a ele adiciona-se vinagre.
Os ingredientes são: 1 galinha caipira em pedaços,1 colher (sopa) de vinagre misturado ao sangue fresco, 1 colher (sopa) de fubá mimoso ou 3 colheres (sopa) de farinha de milho fina, 4 tomates maduros picados (sem pele nem sementes), 3 cebolas roxas picadas, 2 pimentões verdes picados, 5 dentes de alho, azeite (a gosto), sal (a gosto), pimenta-do-reino (a gosto), cheiro verde (a gosto).
Comidas típicas de Minas Gerais doces
Os doces típicos de Minas Gerais conquistam o paladar de visitantes do mundo inteiro. Veja a seguir quais são os doces mineiros que devem ser experimentados pelo menos uma vez na vida e como fazê-los em casa.
■Doce de leite
O Doce de Leite é famoso não só na gastronomia brasileira, mas também em países vizinhos como Argentina e Uruguai. O preparo do Doce de Leite é feito basicamente em uma única etapa: cozinhar o leite com açúcar até atingir uma textura cremosa, mas firme. O segredo está em colocar algumas gotas de limão para que o processo seja mais rápido em casa.
Por ser muito versátil, pode ser consumido puro, no formato sólido, em pedacinhos, ou na versão mais cremosa, utilizado como ingrediente em receitas, recheio de bolos ou combinado com queijos e frutas.
■Goiabada
Goiabada é um tipo de doce feito da fruta goiaba. No modo de preparo tradicional, as goiabas são cozidas em grandes panelas de cobre por até 3 horas. Para isso é necessário meia dúzia de goiaba, 500 gramas açúcar e 150 ml de água. Esse processo, é um patrimônio imaterial da cidade de Barão de Cocais, no centro de Minas Gerais.
Uma das receitas mais comuns que levam esse doce é Romeu & Julieta (queijo com doce de goiaba), uma dupla que representa muito bem o estado de Minas Gerais.
■Doce de mamão
Esse doce, bem caseiro, é também conhecido como doce de mamão verde e é bem fácil de fazer. Para o processo, o mamão precisa estar verde para que aguente o cozimento. Também é possível usar um pouco de canela e adicionar cravos.
Na receita, os ingredientes são: 3 Mamões médios, 9 Xícaras (chá) de açúcar, 1 Litro de água, 4 Colheres (sopa) de sal, 1 Colher (sopa) de cravo-da-índia e 1/2 Colher (sopa) de canela em pó.
■Doce de abóbora com coco
Esse doce tem cheiro de vó e é um sucesso mineiro. Feito com a abóbora de pescoço, que é a mais saborosa para o preparo de doces e coco ralado, o segredo do doce está no ponto. Leve ao fogo brando, não precisa colocar água, pois junta bastante líquido. Mexa para desmanchar os pedaços. Deixe até secar bem. Quando passar a colher e aparecer o fundo da panela está no ponto.
Os ingredientes são: 4 xícaras de abóbora de pescoço ralada, 1 xícara de açúcar, 1 xícara de água, 1/2 xícara de coco, cravo e canela.
■Pé de moleque
Doce tradicional pelas festas juninas do país, é um doce típico mineiro. O nome da iguaria feita de rapadura e amendoim surgiu no Brasil colonial, quando meninos surrupiavam o doce de quituteiras, que gritavam: “Pede, moleque, pede!”
Para fazer em casa, é preciso de: 1/2 kg de amendoim torrado e descascado, 1/2 kg de açúcar, 1 lata de leite condensado e 3 colheres de margarina.
■Compota variadas
As compotas são doces feitos à base de fruta, cozidas com açúcar. Por isso, nessa iguaria, é possível utilizar qualquer fruta, mesmo as que estejam quase estragando. Essa é uma maneira de consumir mais rapidamente a fruta, sem que ela estrague. Nesse doce, as frutas estão em pedaços.
Para fazer uma compota cozinhe uma fruta de sua preferência com meio copo de açúcar e adicione algumas gotas de limão.
■Rocambole
Nessa tradicional receita, os ingredientes são: 6 ovos, 6 colheres de sopa de açúcar, 7 colheres de sopa/cheia de farinha de trigo, 1 colher de café de fermento em pó. O recheio pode ser goiabada, brigadeiro, chocolate, doce de leite e etc.
Na cidade mineira de Lagoa Dourada, há diversos locais que são especializados no doce e que vendem uma fatia generosa por um preço pequeno. Além disso, a cidade anualmente tem a festa do rocambole, um marco da cozinha mineira.
Experimente as comidas típicas de Minas Gerais!
A culinária mineira é uma das mais ricas do Brasil. Seus sabores e pratos diversos, agradam o público em geral. Isso tudo, é resultado do encontro de diferentes povos que ocuparam seu território na época do ciclo do ouro. A história do Brasil e a sua expansão para o interior do país, misturam culturas e temperos que dão base a culinária mineira que se conhece hoje.
Por isso, a cozinha mineira é especialmente apreciada por suas cores, sabores e aromas marcantes. A comida mineira é, sem dúvidas, inconfundível e extremamente marcante na vida de quem já teve oportunidade de saborear. Por isso, explore a comida mineira porque, com certeza, essa cozinha tem um prato que conquistará o seu paladar!
Redatora de Jardinagem, Casa e decoração, Turismo e Cotidiano.