Saiba quando ir ao Machu Picchu, pontos turísticos e mais!

Você já ouviu falar sobre o Machu Picchu? Uma das sete maravilhas do mundo moderno, o local contém as ruínas de antiga cidade Inca, no topo de montanhas, um dos principais símbolos do Império Inca construído no século 15, a mando do então imperador Pachacuti.

Aqui você aprenderá qual a melhor época para visitar Machu Picchu e como conhecer as atrações dessa civilização avançada, isso tudo levando em consideração o clima, a alta temporada turística e o fechamento da Trilha Inca a cada mês de fevereiro. Também te mostraremos onde ficar, o que comer da gastronomia local e como se preparar para as trilhas.

Há muitas coisas para fazer em Machu Picchu, incluindo escalar a Huayna Picchu, para os mais aventureiros, ou fazer um passeio de trem panorâmico e ainda fazer compras de forma sustentável em Cusco. Quer aprender um pouco sobre tudo isso? Confira a seguir!

Conhecer Machu Picchu requer um planejamento diferenciado, mas sobretudo, requer disposição. Trata-se de uma viagem que tem tudo para ser memorável e viajar para o destino sabendo um pouco de tudo evita qualquer surpresa na sua viagem. Saiba como se planejar:

Para aproveitar mais a sua viagem ao Machu Picchu, uma das melhores épocas para visitar é entre abril e maio. Uma vez que a estação chuvosa no Peru já passou, as montanhas estão extremamente verdes e não está tão lotado quanto nos meses de julho e agosto. Entretanto, no final de junho a população local costuma visitar para o Festival do Sol (Inti Raymi), portanto leve isso em consideração.

Ademais, de maio a outubro são geralmente meses mais secos e quentes, embora à noite faça bastante frio. Apesar disso, a Amazônia fica a apenas 100km de distância, então sua capa de chuva sempre cobre a região do Machu Picchu.

Para visitar Machu Picchu, o mais interessante é ficar hospedado no vilarejo mais próximo: Águas Calientes, que está a 11 quilômetros de distância do sítio arqueológico. Bem antes de Águas Calientes, há ainda as cidades de Cusco e Ollantaytambo, que são mais distantes, mas não deixam de ter seus pontos turísticos importantes.

Opte por uma dessas três cidades e organize melhor o seu tempo e estadia. A partir disso, os outros detalhes da viagem como transporte, pontos turísticos a serem visitados, ida a restaurantes, entre outros planos, podem ser melhores planejados, evitando qualquer gasto desnecessário ou tempo extra para conhecer Machu Picchu e os seus arredores.

Não é permitido comer durante a visita ao sítio arqueológico de Machu Picchu, apenas na entrada há uma área especifica para comer lanches rápidos. Ainda próximo do local histórico, você encontrará um restaurante do luxuoso hotel Sanctuary Lodge Hotel. No entanto se a sua viagem for econômica, essa não é a opção viável: para quem quer gastar menos, vá ao Mapi Snack Bar.

Já em Águas Calientes, há mais opções de restaurantes e bares. Também será possível encontrar algumas opções em Ollantaytambo (sítio arqueológico a 94 km de Águas Calientes). Para um vida noturna agitada, a cidade de Cusco concentra tudo isso. Entretanto, calcule a distância dos locais, pois as viagens entre um e outro podem ser longas.

É muito importante escolher a melhor época do ano para se fazer esta rota. Assim, os melhores meses são entre maio e outubro, a temporada mais seca. Mas atenção: há uma maior demanda nesta temporada, por isso programe-se.

Há saídas nos meses de novembro a janeiro, mas esses meses são considerados temporada de chuvas, e isso deve atrapalhar a sua trilha. Prefira os meses mais quentes e secos, para facilitar a sua caminhada.

Chegar ao Machu Picchu pode requerer um pouco de paciência, já que o local é afastado de grandes cidades. Veja a seguir mais sobre como planejar a ida e o que é necessário incluir no seu planejamento, desde documentação necessária, melhores meios de transporte e por fim, quais os meios mais vantajosos.

Cidadãos brasileiros não precisam de visto para entrar no Peru, apenas precisam de suas cédulas de identidade ou passaporte. Isso porque o Brasil faz parte do Mercosul, dispensando totalmente a apresentação do passaporte. No entanto, se optar por entrar com o passaporte, apenas o apresente normalmente na aduana.

Assim que entrar no Peru, o estrangeiro tem direito a permanecer 90 dias no território de forma legal. Além disso, mesmo que o governo peruano não exija, é importante se vacinar e levar um certificado internacional da vacina de febre amarela, já que algumas áreas com florestas podem exigir. Por fim, se for dirigir, a CNH brasileira é válida também por 90 dias.

O meio mais rápido de chegar ao Peru é o avião. Como se trata de uma viagem longa, é bem mais prático optar pelo avião, uma vez que não há voo direto do Brasil para Machu Picchu. A cidade mais próxima é Cusco. Então, vá até Lima, capital do Peru, e depois de lá pegue mais um voo para a cidade de Cusco, mas atente-se para comprar as passagens juntas (Brasil/Lima/Cusco).

O voo entre Lima e Cusco tem apenas uma hora de duração, ou seja, é muito mais vantajoso do que fazer o trajeto de ônibus, que pode durar até 24 horas, tornando sua viagem cansativa e mais longa do que o necessário. Optando por fazer dessa forma, é uma economia de tempo e menos desgaste físico na viagem.

De Cusco para Machu Picchu vale muito a pena ir de trem. A dica de ouro aqui é escolher um lugar ao lado da janela, assim poderá curtir uma paisagem linda. Esse trajeto de Cusco a Machu Picchu tem duração de cerca de três a quatro horas, mas se houver disponibilidade no seu planejamento, é possível comprar um bilhete até destinos anteriores ao sítio arqueológico.

Assim, uma das paradas é Aguas Calientes e essa viagem dura de duas a três horas de Cusco. Para chegar até essa pequena cidade, a sua estação destino será Poroy e, de lá, é preciso pegar um ônibus até Aguas Calientes. A outra opção de parada é no vilarejo de Ollantaytambo, bastante conhecido pela cultura local e outros pontos turísticos interessantes para visitar.

Existem 3 tipos de ingresso para Machu Picchu e cada um deles dá acesso a uma área diferente do lugar. São eles: Ingresso Machu Picchu, em que é possível visitar toda a cidade de Machu Picchu, incluindo a Porta do Sol e a Ponte Inca. Ingresso Machu Picchu + Huayna Picchu, que inclui visita a toda cidade, mais a trilha da montanha Huayna Picchu.

Por fim, Ingresso Machu Picchu + Montanha Machu Picchu, que inclui visita a toda cidade e a montanha Machu Picchu. Antes de saber como comprar seu ingresso para Machu Picchu, é importante definir que tipo de experiência você quer ter por lá. Além disso, é importante considerar que cada um dos 3 ingressos tem um limite de visitantes diários.

Saiba mais a seguir sobre como são as montanhas, o visual, como se preparar para a altitude e tudo mais para que você escolha a montanha perfeita para incluir no planejamento da sua viagem.

A Montanha Machu Picchu é a montanha onde está firmada a cidade Inca de Machu Picchu, patrimônio cultural e natural que está a uma altitude de 3.082 metros acima do nível do mar. Dona de uma beleza inacreditável, ela localiza-se a 400 metros da cidade dos Incas. O acesso é restrito a um número limitado de pessoas, divididas em três horas, pela manhã.

O acesso à montanha é restrito a 800 pessoas por dia, e para entrar é preciso comprar o ingresso de Machu Picchu + Montanha, que deve ser reservado várias semanas de antecedência, pois esse ingresso se esgota rapidamente. A dificuldade é moderada e com uma trilha bem demarcada, será um dos melhores passeios da sua viagem.

A Huayna Picchu (tradução do Quíchua: montanha jovem), é uma subida íngreme, que passa por diversos tipos de chão como grama, terra, pedra e escada. Há cuidados com a segurança, mas muitas coisas são preservadas da época dos Quíchuas, como as escadas altas em pedras.

Muitos acreditam que é uma subida desafiadora, já que essa montanha está a mais de 2.000 metros de altitude, o que deve ser levado em conta ao incluir este passeio no seu planejamento. Avalie se gosta desse tipo de esforço físico e se a altitude pode afetar seu organismo de alguma forma.

Além do parque arqueológico, Machu Picchu é cercado de incríveis obras arquitetônicas. Descubra a seguir quais outras atrações valem a pena incluir na sua visita.

O povo Inca, com inúmeros conhecimentos, criaram uma entrada para o Machu Picchu composta por paredes, janelas, portas e terraços rústicos de pedra, assim como outros edifícios menores. O acesso é feito através de várias escadas e, em um dia ensolarado, os raios de sol invadem este monumento arquitetônico.

A Porta do Sol fica no alto e ao sul da cidade inca de Machu Picchu. Por isso, trata-se de uma caminhada, de mais ou menos 3 horas (ida e volta). O ingresso de entrada geral dá acesso a esta atração, mas também é possível fazer a rota de caminhada com outros ingressos vendidos no parque. No entanto, eles incluem passeios igualmente cansativos.

O Setor Nobre de Machu Picchu é onde ficam as residências dos governantes. Antigamente, as construções eram cobertas com telhados de palha e davam acesso à zona principal da cidadela onde, estão as residências. Hoje, o local não é mais coberto.

Neste mesmo local está localizado o Palácio do Inca, ou Casa Real, uma grande ala nobre residencial que servia de refúgio para o soberano. Curiosamente, nesse setor é notável a precisão e o cuidado com que paredes e muros foram lavrados, indicando os conhecimentos avançados do povo Inca.

Em espanhol, ventanas significam janelas, e, para os Incas, elas representariam os três níveis em que eles dividiam o mundo: o céu (vida espiritual), a terra (vida mundana) e o subterrâneo (vida interior). Elas estão localizadas em um terreno retangular do setor sagrado da cidade, ao lado do Templo Principal e de frente para a montanha Putucusi, um dos Apus sagrados no entorno do Vale do Rio Urubamba.

Para quem curte arquitetura, todas as características arquitetônicas Incas estão presentes, uma vez que este local foi concebido com enormes blocos de pedra extremamente talhados e encaixados à perfeição para cultuar o sagrado. Por isso, está acoplado ao templo, palco de cultos importantes na época dos Incas.

Uma das atrações turísticas mais populares do Machu Picchu, durante a civilização Inca apenas nobres e sacerdotes tinham acesso a ela. Este templo era usado para cultuar e oferecer oferendas ao sol, uma vez que era uma das divindades mais importantes da civilização Inca.

Entretanto, antes da invasão espanhola, era decorado com ornamentos de ouro e prata. Todos esses itens foram saqueados nos anos posteriores e ainda existem marcas que são a prova dos ornamentos que existiam no interior. Este local pode ser visitado todos os dias do ano durante o horário de visita de Machu Picchu, das 6 da manhã às 5 da tarde.

Trata-se, de uma só peça com suas diferentes faces, onde sombras são lançadas em relação ao movimento do sol e diferentes estações. Matematicamente esculpida, o Intihuatana que significa "onde o sol é amarrado", é uma peça entalhada em rochas na forma de um polígono, tem uma altura de 1 metro e 2 metros de diâmetro. Foi a partir deste lugar que os Incas fizeram observações e medições precisas do tempo.

Com fins religiosos e astronômicos, esta peça entalhada está localizado na parte mais alta da Llacta Inca, acessado através de escadas, esculpidas em pedra, na montanha, cujo ápice é o Intihuatana. Parece ser uma pirâmide truncada, cercada por terraços de contenção, muros e janelas.

Um entre tantos exemplos extraordinários da arquitetura Inca, esta ponte é um caminho estreito montanhoso, já que está ao lado de uma montanha do lado esquerdo e de um abismo do direito. Ademais, a Ponte Inca está localizada na extremidade oeste da cidade inca de Machu Picchu.

Para chegar lá, você deve seguir uma rota sinalizada que começa na famosa 'Casa dos Guardiões'. Esta é uma trilha rápida, com duração de cerca de 30 minutos, mas que em alguns trechos torna-se extremamente vertiginosa. Então, não é um passeio recomendado para quem tem medo de alturas.

A visita ao Machu Picchu exigem cuidados simples para evitar qualquer imprevisto. Além disso, é um passeio que exige um pouco mais do corpo do que o habitual, sendo uma exposição a fatores externos. Confira como se cuidar e também não infringir nenhuma regra durante a sua visita.

Beber água é importante durante sua visita, já que evita qualquer desidratação, por causa das longas caminhadas e esforço físico. Ao beber água, você também evita que piore o mal de altitude, caso você sinta algum sintoma ao longo da viagem. Por isso, tenha uma garrafinha sempre cheia perto de você. Não se esqueça dela, é um item precioso para conhecer todos os caminhos do Machu Picchu.

O clima em Machu Picchu é super seco, faz sol, venta muito e faz frio ao mesmo tempo. Ou seja, é um tira e coloca casaco a todo tempo. Mesmo assim, é super importante levar agasalhos para um simples passeio pela cidade ou para explorar o sitio arqueológico. Roupas esportivas são ideais.

Já que andar muito é palavra de ordem para Machu Picchu ou para conhecer as cidades próximas, como Cusco, o ideal é que nos pés o conforto esteja presente. Portanto, tênis para andar ou fazer trilha são importantes. Botas específicas para trilhas também são bem vindas.

Pelo clima ensolarado, não esqueça de passar o filtro solar e retocar de três em três horas. Não se engane pela sensação amena, o sol mesmo que seja retido em pouca quantidade pela altitude, continua podendo ser nocivo a sua pele pela alta exposição.

E falando em altitude, nas montanhas, especialmente entre maio e agosto, há uma grande presença de mosquitos. Por isso, leve repelentes líquidos e não na forma de spray, pois a sua entrada não é permitida.

O Soroche ou mal da montanha é o efeito colateral de locais que estão muito acima do mar. Qualquer pessoa pode estar suscetível a passar mal, independente do condicionamento físico. Para se prevenir disso e ter um passeio tranquilo pelas montanhas, beba bastante água, reserve um ou dois dias extras para seu organismo se adaptar, ande devagar e mastigue folhas de coca.

Além disso, se prefere recorrer à farmácia, há bombinhas de oxigênio que podem ser utilizadas, um medicamento que alivia os sintomas chamado sorojchi pills, encontrado facilmente no Peru, uma vez que ele alivia os sintomas e o acetozolamida, que ajusta mais rapidamente seu corpo à altitude. No entanto, um médico deve ser consultado para o consumo desses medicamentos.

Entre as regras do parque está proibido entrar portando itens como tripé, bastão de selfie, mochilas grandes, comida e guarda-chuvas. Além disso, para minimizar a degradação do sítio arqueológico, também não se pode pular, correr ou sentar na beira dos muros já que o parque está em cima de uma falha geológica.

Outras proibições envolvem: gritar, bater palmas ou alimentar os animais. E toda vez que ouvir um apito lá dentro, é porque alguém está descumprindo alguma dessas regras – há funcionários espalhados em pontos estratégicos por todo o Parque.

Esta "Cidade Perdida dos Incas" é um imenso sitio arqueológico considerado um dos locais mais enigmáticos da América Latina. Assim, visitá-lo parece uma viagem que deve ser feita uma vez na vida, pelo menos. Mas para que a viagem seja incrível, planejar o percurso, comprar passagens com antecedência e comprar os ingressos para o parque são imprescindíveis.

Declarado pela Unesco como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade, está a 74 quilômetros de Cusco e a 2.350 metros acima do nível do mar. Portanto, cuidar da saúde deve fazer parte do seu planejamento. Leve os seus remédios, compre soro, colírios lacrimais para os olhos, já que o tempo é super seco e não esqueça de roupas leves, mas ainda assim, o frio nessa altitude pede por um casaco.

Curtiu nossas dicas? Comece a utilizá-las e planeje já sua viagem para o Machu Picchu!