Santo Ângelo: conheça a região, rádio local, prefeitura e URI!

Integrante do estado do Rio Grande do Sul, Santo Ângelo é uma das sete missões, que foram aldeamentos indígenas sob liderança de jesuítas, e considerada capital por ser a mais populosa das missões. Semelhante a muitas regiões do sul brasileiro a presença imigratória européia é bem latente. Seja por sua arquitetura ou vestimentas ou até costumes, viajar para o Sul é descobrir uma pequena parte da Europa.

Santo Ângelo não se desassocia dessa imagem ao mesmo tempo que procura mostrar seus encantos próprios. Uma região histórica e cultural bem grande que atrai os viajantes desejosos de cultura. Então sigamos para o sul e junto com o chimarrão ou tererê vamos desvendar o que nos revela Santo Ângelo- a capital das missões.

Leia e descubra mais sobre como ir e características únicas da região.

Santo Ângelo, mais conhecido como “capital das missões” teve suas origens e fez parte dos sete povos das missões. Os sete povos das missões foram os aldeamentos indígenas sob comandos de padres jesuítas que visavam evangelizar os indígenas. Também conhecidas pelo nome missões orientais, por estar a oeste do rio Uruguai.

Além de Santo Ângelo contaram com os aldeamentos de: São Nicolau, São Francisco Borja, São Miguel Arcanjo, São Lourenço mártir, São João Batista e São Luís Gonzaga. Fundada em 1706, sob comando do padre Diogo de Haze, teve o nome reduzido de Santo Ângelo Custódio, o anjo Custódio das missões, considerado protetor dos missionários.

Era o mais populoso das missões com a população de 78.908 habitantes sendo, portanto, considerado Capital das Missões. Devido à presença dos bandeirantes na região, os padres jesuítas foram expulsos e com o tratado de Madrid ocasionou a chamada guerra guaranítica. A guerra guaranítica foi uma guerra travada entre a tribo guarani, residentes da região, contra os colonizadores portugueses e espanhóis.

A tribo guarani, liderada pelo cacique Sepé Tiaraju, recusou-se a submeter os portugueses e espanhóis que queriam retirar a tribo da região. Foi uma batalha sanguinolenta que resultou na morte de 1.511 guaranis e teve duas partes com a nova liderança assumida por Ñanguirú, após a morte de Tiaraju na guerrilha em Santa Tecla. Entretanto, Ñanguirú e seus homens não resistiram a um cerco na colina Caibaté dando fim à guerra guaranítica.

Por causa do evento o local passou a ter má reputação e ficou cem anos abandonado. Por volta de 1830 acontecem as sesmarias paulistas e a cidade é novamente povoada. Obteve sua emancipação em 1873 e a partir do final do século XIX recebe um grande número de imigrantes europeus.

Entre os anos de 1924 até 1927 o município foi novamente palco de uma luta: a coluna Prestes. A coluna Prestes foi um movimento de revolta dos militares de baixa patente e parte da população contra o regime oligárquico da política café-com-leite. A Cidade foi cenário do movimento e passagem deles até Ijuí.

A cidade ainda passou por diversas emancipações nos anos 80 que diminuiu o tamanho original e ocasionou uma grande onda imigratória, mas foi “ressuscitada” graças ao fortalecimento e construção de indústrias nos anos 90. Atualmente, a base econômica da região é o comércio e o turismo dá para a região um bom número de verba graças às suas belezas naturais e importância histórica.

Santo Ângelo é um município do Rio Grande do Sul e o maior município das missões em questão de população. De acordo com o IBGE, Santo Ângelo faz parte da mesorregião do noroeste Rio- Grandense e microrregião de Santo Ângelo, que engloba os sete povos da missão. O município de Santo Ângelo é dividido em 25 distritos contando com um distrito afastado.

Os meios mais acessíveis de chegar a Santo Ângelo são de ônibus ou de carro. As viagens aéreas, em contrapartida, são escassas e caras, realizando uma parada na capital Porto Alegre (distante mais de 400 km de Santo Ângelo) e desembarcando no aeroporto regional Sepé Tiaraju. Do aeroporto é necessário alugar um carro que leve ao destino, pois o aeroporto é um pouco distante de Santo Ângelo.

A empresa aérea Azul faz a viagem em 7hs custando no mínimo R$ 250 às passagens. De ônibus a empresa Pluma faz a viagem por R$ 465, partindo do Rio de Janeiro, 3x por semana e desembarcando na estação rodoviária local. Dentro da cidade existe a empresa Rodopan Transportes que abastece a cidade. A viagem de carro é mais complexa e depende muito do ponto de origem.

A cultura de Santo Ângelo é fortemente ligada à presença de imigrantes. Alemães, italianos e portugueses que vieram povoar a região deixaram o seu legado. Até as ruínas do antigo aldeamento fazem parte da cultura já que os imigrantes alemães aproveitaram-se das pedras para fazer suas casas. Para celebrar a diversidade cultural, todo ano é realizada a semana cultural entre os dias 12 a 17 de agosto.

Outro memorial cultural é o centro de tradições gaúchas que tem por objetivo difundir os costumes e tradições gaúchas. Através da dança, churrasco e esportes contam particularidades e histórias acerca da presença gaúcha.

Localizada na Rua Antunes Ribas, a prefeitura é o principal centro governamental da Cidade. Inaugurada em 1928, desde então abriga o gabinete do prefeito e do vice-prefeito e suas secretarias e órgãos. Junto com a prefeitura existe a câmara dos vereadores que elaboram e aprovam leis municipais e licitações. A prefeitura procura ser transparente aos moradores disponibilizando as contas públicas.

Os cidadãos têm acesso a serviço de nota fiscal eletrônica, emissão de segunda via do IPTU, consulta de processos, dentre outros serviços. Atualmente quem preside é Jacques Gonçalves Barbosa, do PDT. A prefeitura também é espaço de cultura e abriga, em seu interior, o acervo Tupambaé que são quadros representando a cultura indígena local. Devido a sua arquitetura e importância histórica, o prédio da prefeitura foi tombado em 1994 como patrimônio histórico cultural.

A cidade conta com cinco emissoras sendo uma comunitária tendo todas com prédio localizado bem no centro da cidade. São divididas entre as emissoras AM (Rádio Sepé Tiaraju e Rádio Santo Ângelo), emissoras FM (Rádio Nova FM, Rádio Novos Horizontes) e a rádio comunitária, Rádio Com, mantida pela associação cultural.

A primeira e mais importante é a Rádio Santo Ângelo. Surgida em 1947 veio para atender aos pedidos da população que até aquele ano só ouvia rádios estrangeiras. Com a chegada da Rádio Santo Ângelo os moradores puderam ter acesso às informações locais e espetáculos musicais. Sob a sintonia AM 930, nos anos dourados, também foi responsável pelas radionovelas.

Outra rádio igualmente importante é a Rádio Com, mantida pela associação cultural de radiodifusão e fundada em 1998. Na sintonia 98.5 FM mantém uma programação musical e informativa além de prestar serviços de caráter público. O objetivo da Rádio Com é oferecer uma programação voltada aos desejos e necessidades da população.

O clima que mais se apresenta em Santo Ângelo é o subtropical úmido e o clima oceânico. Devido à convivência de dois climas diferentes, os verões são quentes e úmidos e os invernos suaves e rigorosos. Durante todo o ano ocorrem chuvas controladas e as temperaturas nunca são superiores a 30 graus Celsius. A melhor época de visita na cidade é entre os meses de janeiro a maio e de agosto até outubro.

O primeiro contato culinário na região se deu através dos guaranis. Os indígenas apresentaram aos padres jesuítas: a mandioca, o milho, a batata doce e dentre outros produtos da terra. O passado missioneiro é outro bem característico de Santo Ângelo. Através das missões surgiu o churrasco missioneiro e o arroz carreteiro ao mesmo tempo mistura-se com o tradicional churrasco gaúcho, preparado no espeto ou valas no chão, e as comidas típicas sulistas.

A chegada de imigrantes veio para enriquecer a culinária local. Os imigrantes, em sua maioria germânicos, levaram a cerveja e o shop e o consumo de carnes suína, ovina, defumada e linguiças.

Surgida em 2007, em parceria com a Secretaria de Turismo, é uma iniciativa de Ana Maria Kemper, vice-presidente do Sindicato de hospedagem e alimentação, que incluiu a cidade das tortas como maior festival gastronômico da região. Montado no Centro Histórico da Cidade, o festival reúne diversas padarias e confeitarias entre os meses de setembro e outubro.

Uma experiência gastronômica única que junta mais de 200 tipos de tortas doces e salgadas e mais de vinte e duas empresas. Todos os moradores e viajantes são convidados a experimentar e avaliar as tortas desembolsando de R$ 3,50 a R$5, por fatia. No festival são apresentados diversos tipos de sabores de tortas, com especial demonstração da “torta do general”.

O festival também se abre para o artesanato regional e ateliês de gastronomia, onde as pessoas podem comprar e aprender a elaborar tortas. Um evento para todas as famílias. Infelizmente foi cancelado devido a pandemia, mas com o retorno das atividades é indispensável sua visita.

Situada na Avenida Universidade das Missões, a URI- Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, é o maior complexo educacional da região. Possui quatro campus e duas extensões ao longo das sete missões. No campus Santo Ângelo detém 22 cursos de graduação sendo três de mestrado e um doutorado como também uma escola de educação básica.

Sua enorme estrutura tem 124 laboratórios, núcleos de estudo e bibliotecas com mais de 140 mil exemplares. De origem e fundação comunitária, a universidade surgiu em 1969 tendo o nome de Fundamas- Fundação Missioneira de ensino superior, tendo o objetivo de oferecer cursos de ensino superior no decorrer da região das missões.

Nos anos seguintes firma parceria com a UFSM- Universidade Federal de Santa Maria e passa incluir em sua grade curricular os cursos de pedagogia, ciências, letras e estudos sociais. Em 1988, decidiu ampliar e cria a escola de 2 grau. O nome URI só veio em 1992 após o reconhecimento do ministério da educação. É mantida pela FURI- Fundação Regional Integrada, uma entidade pública sem fins lucrativos.

Considerada referência de educação na região, a URI é outro mundo dentro de Santo Ângelo que com seus mais de 13 mil alunos procura formar alunos pensantes que revolucionam o mundo e todos ao seu redor.

Santo Ângelo é um município brasileiro pertencente aos sete povos das missões e faz divisa com Giruá e Comandai através das cascatas de Comandai. Na parte sul, realiza a fronteira com entre Ijuí por meio do rio Ijuí. Pelo Leste divisa a cidadezinha de Barra de São João e a oeste nos apresenta a cidade de Águas de Santa Tereza, com suas famosas águas cristalinas.

Saiba quais são os pontos turísticos e museus históricos que dão identidade a Santo Ângelo.

Quando se pensa em visitar Santo Ângelo sua primeira parada será a catedral angelopolitana. A catedral angelopolitana é o principal ponto turístico da cidade e uma das poucas igrejas dedicadas a um anjo e não um santo, santo Anjo Custódio. Construída em 1929 é a terceira igreja feita depois uma pronta em 1706 e outra erigida no mesmo lugar em 1888, no entanto quem adentra essa igreja pouco percebe das outras igrejas.

Belíssima, ela mescla o estilo barroco missioneiro com barroco colonial e está inserida na Praça Pinheiro Machado. Convidativa, a igreja suporta até 800 pessoas e seu interior surpreende com os arcos e esculturas feitas pelo escultor Valentin Von Adamovich. No pórtico, bem no alto da fachada, estão as esculturas dos santos padroeiros das sete missões para nos abençoar que são: São Borja, São Nicolau, São Luís Gonzaga, São João Batista, São Lourenço mártir, São Miguel arcanjo e o anjo Santo Ângelo Custódio.

No interior também se encontra a imagem de Cristo morto que foi preservada desde o ano de 1740 e toda esculpida em cedro. Símbolo da unidade missioneira é na catedral angelopolitana que todos os povos da missão se reúnem e com suas luzes recepciona os eventos da cidade.

Uma praça arborizada e ampla se destoa no meio dos prédios: é a Praça Pinheiro Machado. Seu nome é uma homenagem ao político José Gomes Pinheiro Machado e tem sua fundação em 1897. A praça sofreu revitalizações no decorrer do tempo, revitalizações essas que só a embelezam.

Na entrada somos recebidos por um pórtico de entrada que dá passagem para lindas colunas neoclássicas e contam ao seu entorno de marcos que contam sobre cada um dos antigos aldeamentos. Outra particularidade são os lagos e seus chafarizes que se refrescam nos dias quentes.

A cruz próxima a catedral angelopolitana nos recorda a presença missionária na região. Por ser um dos cartões postais da cidade, frequentemente é palco de eventos e apresentações musicais. Um espaço tranquilo e familiar onde nem se percebe o tempo passar.

Um lugar onde a natureza e beleza se encontram. A cascata do Comandaí é uma imensa queda d’água de mais de 40 metros de largura e 19 metros de altura inserida na divisa de Santo Ângelo com o município de Giruá. O acesso é por meio de estrada de terra batida e no lado de Giruá faz parte da propriedade do fazendeiro Vanderlei Zimpel.

Apesar dos pormenores, o espaço é amplo e totalmente verde circulado pelas matas ciliares. Todo o território é rodeado pelo rio Comandaí, rio que dá nome às cascatas. Durante os dias mais quentes são propícias excelentes sombras e deliciosos piqueniques. Um espaço tranquilo e ideal para realizar trilhas e favorecer uma conexão profunda com a natureza.

Próximo da praça e parte integrante do centro histórico está o museu municipal Doutor José Olavo Machado. O local é uma casa ao estilo colonial que abrigou no início dos tempos o capitão Jacinto Rodrigues e passou por modificações nas mãos do português Bernardo José Rodrigues, entre os anos de 1870 a 1880.

Também abrigou o primeiro prefeito da região Ulysses Rodrigues que dá nome à casa. Uma casa que abrigou tantos moradores preserva bastantes lembranças. Dentro conserva materiais da tribo guarani como cerâmicas, uma escultura de indígena em tamanho natural, machadinhos, artefatos em pedra e até uma iguaçaba (urna funerária indígena).

A história do antigo aldeamento é bem viva através de fotos, documentos, moedas e uma maquete em miniatura do aldeamento Santo Ângelo Custódio. Um museu que é um verdadeiro livro de história.

Compartilhando espaço com os prédios e bem em frente de um mercado se encontra uma construção diferenciada de alvenaria de tijolos amarelos: é antiga estação de Santo Ângelo e museu ferroviário. Inaugurada em 1921 pelo primeiro batalhão ferroviário, fazia parte do ramal Cruz-Alta / Santa Rosa. Foi uma construção gradativa e por mais de quarenta anos atendia os passageiros da localidade.

Foi desativada em 1969 para dar lugar a uma nova estação chamada Santo Ângelo nova, mais afastada da cidade, o que obrigou maior deslocamento dos passageiros. Diferente da estação Santo Ângelo nova que após a desativação ficou abandonada, a velha estação de Santo Ângelo teve utilidade. A estação virou posto da brigada militar e foi sede da secretaria municipal de cultura até virar museu ferroviário em 2015.

O museu ferroviário recebeu o nome de Museu Ferroviário Jovenil Menezes em homenagem ao antigo telegrafista que com seu charme e simpatia atendia e contava história da cidade aos turistas. Quem entra no museu ferroviário retorna no tempo da antiga estação com estruturas internas bem preservadas e os guichês de atendimento e serviço de telégrafos intocáveis.

O museu transmite historicidade por meio de documentos, fotografias, relógios, telégrafos que nos relembram os velhos tempos de estação ferroviária. Também mantém preservados dois vagões que realizavam serviço de passageiros. Vale a pena desfrutar e realizar uma viagem no tempo.

Finalizada em 2006 para comemorar os 250 anos da morte de Sepé Tiaraju, o monumento é um destaque na representatividade do povo guarani. Executado pelo artista santo-angelense Olindo Donadel, é uma escultura de pedra grés de coloração avermelhada e de mais de seis metros de altura, mas esse não era o projeto original.

O monumento original era de dois indígenas guaranis com ambos portando lanças e um dos indígenas montado a cavalo. Foi desenvolvido em 1960 por Valentin Von Adamovich, porém a doença o impossibilitou. Apesar do contratempo, o artista Olindo Donadel buscou ser fiel aos objetivos do escultor original e representou nas feições indígenas o sofrimento que dominava Adamovich naquele período.

Próximo da principal área de apresentações, o teatro municipal Antônio Sepp, o monumento nos convida a admirarmos e refletirmos sobre a presença guarani na região.

Dentro da antiga estação e próximo do museu ferroviário encontra-se o memorial memorial à coluna Prestes. Localizado em uma pequena porta em um dos anexos do prédio, o espaço guarda uma enorme fonte histórica. O espaço abre-se e revela para todos os viajantes: textos, imagens e objetos pessoais pertencentes a Luiz Carlos Prestes.

Considerado líder da coluna Prestes, Luiz Carlos Prestes foi um capitão do exército. Foi transferido para Santo Ângelo onde foi palco desse movimento histórico. Reunindo militares de baixa patente utilizou-se da estação ferroviária da velha Santo Ângelo como quartel general da revolta. Em Santo Ângelo deu-se a partida para a marcha que dos anos de 1924 até 1927 percorreu mais de 1.500 quilômetros atravessando o sul do país.

O movimento protestava contra o governo de Arthur Bernardes, as oligarquias e exigia melhores condições. Em 1925, os militares sulistas encontraram-se com os militares paulistas sob comando de Miguel Costa, dessa forma fortaleceu e deu maior dimensão ao movimento. A coluna Costa-Prestes foi responsável pelo fim da política café-com-leite e influenciou no golpe dos anos 30.

As lembranças do movimento e de Luiz Carlos Prestes foram cedidas voluntariamente pelos parentes do líder. Outros marcos que relembram o movimento que está presente são o monumento cruz invicta e o mirante Olga Benário que reforçam a importância e a participação da cidade. Visitar o memorial coluna Prestes é retornar ao passado e refletir sobre nossas ações no presente.

O cinema é um importante elemento cultural e histórico, pois graças ao cinema se incorporaram novos costumes, como por exemplo, as mulheres que imitavam as celebridades, e contava histórias para quem não tinha acesso a um livro. O museu de cinema Vivaldino Prado é exemplo dessa afirmativa. O cinema recebeu o nome em homenagem ao cineasta Vivaldino Prado que em seus mais de sessenta anos de profissão reuniu, catalogou e organizou mais de 200 peças relacionadas ao cinema.

Localizado na entrada do centro municipal de cultura, reúne acervo de toda a cinematografia dos anos dourados através de pôsteres e imagens. Todo o acervo foi disponibilizado pela família do cineasta que junto com a 10 delegacia da receita federal e a secretaria municipal de cultural mantém o museu.

O cinema é algo importante para os moradores de Santo Ângelo e por conta disso todo o mês de agosto ocorre o festival de cinema em que se valoriza e presenteia com a estatueta Cisne de Ouro as produções regionais. Para os amantes de cinema é imprescindível uma visita ao museu que conserva viva a história do cinema da região.

Bem dentro da universidade integrada existe um núcleo peculiar: é o museu de arqueologia. Faz parte do centro de cultura missioneira, um projeto da universidade que conta a história e cultura na região das missões. Conjuntamente com o núcleo de documentação e laboratório visa o resgate da história dos aldeamentos das sete missões.

É um trabalho minucioso que reúne recortes de pedaços de roupa, acessórios, objetos de uso pessoal e objetos indígenas: tudo que comprove presença humana nos aldeamentos da região. Vale a pena visitar e prestigiar esse trabalho de professores e alunos de resgate da história local.

Está gostando? Encontremos agora os melhores lugares para comer em Santo Ângelo.

Próximo da Praça Pinheiro Machado encontra-se o Don Augusto pizzaria, o lugar para sua fome noturna. Possui um espaço amplo e familiar e disponibiliza uma variedade de sabores de pizzas. Consideradas carro-chefe do lugar, as pizzas vêm de sabores salgados a doces oscilando entre os sabores normais até os mais curiosos.

Como por exemplo, a pizza de sabor carne de panela, strogonoff, alfajor e sabor de banana com gemada. Também tem excelentes calzones. Um espaço tranquilo que proporciona boa música e rodízio durante o expediente.

O restaurante Quick que também é sorveteria é o local ideal para qualquer estação do ano. Restaurante com trinta e cinco anos de atuação une tradição com boa comida. Localizado na esquina democrática e próximo do memorial à coluna Prestes, serve pratos à lá carte bastante diversificados, desde lanches até pizzas e saladas de frutas.

Os dias quentes são amenizados graças às suas opções de sorvetes, açaís, milk-shakes e sundaes. Um espaço moderno com a disposição de belos quadros que ornamentam o local.

Na mesma Rua Marquês do Herval também se encontra outro restaurante, descontraído e jovial: Arenas Grill. Ao meio dia serve o banquete self service com uma variedade de pratos quentes, pratos frios, saladas, carnes grelhadas e assadas. Um ótimo lugar para almoçar e conversar que pela noite ganha vida.

À noite vira um pub divertido onde se juntam jovens e velhos e conta de uma semana musical bem eclética. Possui um bar que serve os mais variados drinks e bebidas que agitam o pessoal. Também possuem um anexo, o Arenas Browling, que diverte com suas três pistas de boliche. Se você estiver desocupado nas noites de Santo Ângelo ou Arenas Grill é o ponto perfeito para se distrair, beber e aproveitar de boa música.

Um moderno e refinado lugar no centro de Santo Ângelo. Especializado na área de chocolateria produz deliciosos chocolates e trufas artesanais. Surgiu de uma necessidade quando o sargento Kemper teve de fazer uma sobremesa especial para uma figura ilustre.

Desesperado, resolveu recorrer à uma tia que morava no interior de Ijuí e mantinha uma receita secreta. Dessa forma surgiu a “torta do general”, uma torta de morango com chantilly e merengue que cativou a todos e se tornou carro-chefe do estabelecimento. Produz doces do Brasil e do Mundo agradando toda espécie de paladar.

Também é um bistrô que serve café e excelentes trufas e pães caseiros. Oferece produtos no local e também delivery com suas cestas de dia dos namorados e corações de chocolate para presentear o amado/a amada.

Se estiver pensando em preços acessíveis e conforto a casa real restaurante é a sua opção. Um lugar amplo com estacionamento que abriga você e sua família. De tarde oferece uma grande variedade de pratos e saladas, sem contar o delicioso filé à parmegiana, que são oferecidos no estilo self service o quilo.

De noite, os pratos são servidos a la carte com a mesma variedade do dia e, em especial, as pizzas. Se acaso quiser almoçar e não tiver como visitar, sem problemas, pois existe a modalidade de entrega de marmitas.

Localizado a duas quadras da catedral angelopolitana, o restaurante e churrascaria Chico é o point de almoço e jantar. Entre meio até duas horas da tarde oferece deliciosos almoços alternando entre o bufê tradicional, por quilo, e o self service, à la minuta (mais individual servindo até três pessoas) sem contar o diferencial do tradicional churrasco gaúcho.

Pela noite o espaço serve jantar à La carte oferecendo aos clientes deliciosas carnes bovinas, peixes e frangos. Serve também espetos e saladas, além de cervejas artesanais. O restaurante também abre para festejos e festas em grupos com lugar amplo para o bufê. Para os clientes mais assíduos têm o privilégio do cartão fidelidade que dá descontos e promoções nos pratos.

Desde 2008 tem a gerência de Cleonice Kittler que levou o estabelecimento a conquistar o prêmio mulher de negócios SEBRAE e o selo de ouro QCOMÉRCIO. Se estiver procurando um lugar premiado e que sirva boa comida, o restaurante e churrascaria do Chico é para você.

Palco de dois enormes acontecimentos, a guerra guaranítica e a coluna Costa-Prestes, Santo Ângelo guarda um importante legado histórico, principalmente da coluna Prestes. Santo Ângelo foi cenário e início do movimento Coluna Prestes e mantém no memorial coluna Prestes juntamente com o monumento cruz invicta e o mirante Olga Benário lembranças desse período histórico.

Santo Ângelo também se orgulha das sete missões e por isso guarda resquícios do antigo aldeamento no museu municipal doutor José Olavo de Machado, na Praça Pinheiro Machado e no minucioso trabalho realizado pelo núcleo de arqueologia da URI. Nem só de guerras vive e no museu de cinema Vivaldino Prado delicia-nos com a história do cinema e no museu ferroviário nos lembra que naquela região já teve uma estação.

A religiosidade, a educação e a natureza também são exaltadas na catedral angelopolitana, imenso complexo da Universidade Integrada do Alto Uruguai e as belíssimas cascatas de Comandai. Todos os lugares expostos não existiriam se não fosse a personagem Sepé Tiaraju.

Considerado herói nacional e venerado pelo povo, lutou bravamente contra o tratado de Madrid que propunha a entrega da região das missões para Portugal. Não nasceu em Santo Ângelo, mas Santo Ângelo o acolheu de coração, inserindo-o na tribo guarani, residente da região. Ao lado da tribo e de dois padres, que eram contra o tratado, travou uma luta que se estendeu até 1756, ano de sua morte.

E seu icônico grito “esta terra tem dono” ainda retrata a realidade de muitas tribos indígenas que lutam contra demarcação de terras. Morreu em 1756, em Santa Tecla, mas até hoje é homenageado pelos povos das sete missões e faz presença no monumento Sepé Tiaraju. Como podemos ver, Santo Ângelo tem uma importância histórica enorme. Então, quando a pandemia passar, não deixe de visitar Santo Ângelo e surpreenda com a história e cultura locais.