Peixes para pesqueiro: descubra quais são as espécies mais populares!

A pesca esportiva é muito apreciada e no Brasil ela vem ganhando cada vez mais fãs. O Brasil acaba se tornando um ótimo lugar para a pesca esportiva devido às grandes bacias hidrográficas e a variedade de espécies disponíveis. Se você for pescar em água doce ou salgada, você encontrará uma diversidade enorme de peixes, cada um com suas características peculiares.

Por isso é importante conhecer os aspectos de cada um. Tendo o conhecimento necessário você terá mais chances de ter uma pesca bem sucedida. Neste texto você irá aprender sobre as melhores espécies de peixes para a pesca esportiva no Brasil, venha conferir.

O pesqueiro é uma modalidade que reúne vários pescadores, estes estão em busca de praticidade e da emoção que é capturar os peixes mais famosos e cobiçados do país. Conheça quem são eles.

O pirarucu (Arapaima gigas) é o gigante da água doce, isso mesmo, ele é o maior peixe de água doce do mundo. Ele é nativo da Amazônia e é uma espécie muito importante para o ecossistema local e para as comunidades que sobrevivem graças à pesca. Ele é um peixe de grandes proporções, costuma variar de dois a três metros, além de pesar de 100 a 200 kg.

O pirarucu apresenta dois aparelhos respiratórios, um deles para respiração aquática através das brânquias, e a respiração aérea que é feita pela bexiga natatória modificada, que agirá como um pulmão. Para a pesca do pirarucu, é importante você conhecer os hábitos da espécie. Ele costuma subir a superfície várias vezes para poder pegar ar, então você deve arremessar o anzol a alguns centímetros perto dos locais em que ele se encontra.

O pirarara (Phractocephalus hemioliopterus) é muito semelhante com os bagres, ela também é conhecida como arara, é um peixe bem grande, lindo e super forte. Devido a sua semelhança com os bagres ela pode ser confundida com eles, para diferenciá-los é fácil, o pirarara tem o corpo todo colorido. É um peixe de água doce que não é muito valorizado na culinária, mas é muito apreciado na pesca esportiva devido a sua grande força.

Quando o pirarara é fisgado ele emite grunhidos altos que são causados pela fricção das nadadeiras peitorais. O pirarara pode chegar até 50 kg e medir 1,4 metros de comprimento. O pescador deve utilizar iscas naturais para capturá-lo e ter um material resistente, devido a força do peixe.

O tambaqui (Colossoma macropomum) é um peixe de água doce também conhecido como pacu vermelho. É encontrado em estados da região Norte, mas também pode ser visto em estados como Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso. O tambaqui gosta de habitar matas inundadas. O tambaqui é um peixe onívoro e tem preferência por sementes de castanheiras e de palmeiras.

Possui uma fisgada bem forte e em suas brânquias têm espinhos finos e longos. Sua coloração é parda no dorso e preta no ventre, mas pode mudar a tonalidade conforme a água. O tambaqui pode pesar até 30 kg e medir 90 centímetros. Para pescar o tambaqui você pode utilizar bóias torpedo e cevadeiras com boinha-boião. Podem ser usadas também miçangas do tipo manhosinha com chicote de fluorcarbono.

O pintado (Pseudoplatystoma corruscans) é um peixe que impressiona os pescadores, pela sua carne e pela pesca esportiva. Ele é um peixe encontrado apenas na América do Sul, e é distribuído na Bacia do Prata e no rio São Francisco. Ele é um dos maiores peixes do Rio São Francisco podendo chegar até 90 kg e medir 2 metros de comprimento. Ele pode ser chamado de brutelo, moleque, caparari e surubim-caparari.

Ele tem uma cabeça grande e três pares de barbilhões na mandíbula. Sua coloração é cinza, mas pode apresentar uma tonalidade azulada. Após a linha lateral a coloração pode ficar mais branca. Na pesca do pintado procure-o próximo as árvores, gargalhadas e troncos, ele também nada contra a correnteza então para capturá-lo é preciso ficar no fluxo contrário.

A traíra (Hoplias malabaricus) é um peixe de água doce também conhecido como tararira e lobó. Ela é muito popular e se distribui por todo o país, ela gosta de habitar as águas paradas de rios, brejos, remansos e lagos, tendo como preferência ficar em barrancos com vegetação, pois ali conseguem emboscar suas presas.

Ela possui o corpo todo cheio de escamas, tem uma boca e olhos grandes e um corpo cilíndrico. Sua carne é bem apreciada, mas possui muitas espinhas. Sua coloração é marrom ou preta acinzentada.

Esse peixe pode pesar cerca de 4 kg e medir 60 centímetros. Para pescar a traíra busque locais calmas e escuros, nestes lugares é indicado o uso de iscas naturais. Quando for pescar em áreas abertas e com correnteza, use iscas artificiais.

Se você quer se aventurar na pesca esportiva em águas doces precisa conhecer as características dos peixes. Agora você irá conhecer os peixes brasileiros de água doce e verá dicas de como pescá-los.

A tilápia (Tilapia rendalli) é um peixe de água doce bem popular. A espécie pode ser encontrada em todas as bacias hidrográficas brasileiras, e costuma habitar as águas litorâneas de represas e lagoas, mas pode ser adaptável nas águas salgadas. Ela é um peixe com escamas e seu corpo é alto e comprimido, pode pesar até 2,5 kg e medir cerca de 45 centímetros de comprimento.

Sua coloração é verde-oliva prateada e pode ter algumas sombras negras na região vertical. Na nadadeira dorsal apresentará uma linha vermelha e branca. Para pescar a tilápia você deve ir procurá-la nos barrancos, ela gosta de locais com vegetação e ali se alimenta. Se a pesca for realizada em lagos, você pode realizar a técnica de ceva, assim irá atraí-la com muita facilidade.

O dourado (Salminus maxillosus) é um peixe de água doce e pode ser conhecido como pirajuba e piraju. É encontrado em quase todos os estados brasileiros, mas não é comum na região Norte. Ele costuma habitar águas de cachoeiras e corredeiras, gosta de águas com fluxo rápido. Pode ser visto em barrancos, galhadas nos rios e bocas de corixos.

O dourado é considerado o rei do rio e é muito apreciado pelo seu incrível sabor. Ele tem uma coloração dourada, sua cabeça é grande e cheia de caninos. Pode medir cerca de 1 metro de comprimento e pesar em média 25 kg. Para a pescá-lo, escolha um equipamento robusto, pois ele é capaz de romper a linha e a vara. Utilize a técnica da vara baixa e puxe o peixe para o lado contrário em que ele estiver nadando.

O pacu (Piaractus mesopotamicus) é um peixe de água doce que se distribui por toda a bacia do rio Prata, ele habita rios e lagoas na época em que estes estão cheios. O dorso dele tem uma coloração cinza escura e no ventre pode ser amarelo e dourado. Seu corpo tem formato comprido e possui uma quilha ventral com espinhos.

Pode chegar a 70 centímetros de comprimento e pesar até 20 kg, pode ser considerado outro peixe bruto dos rios brasileiros. Para pescá-lo, você precisa de um bom equipamento, e como iscas você pode utilizar alimentos como goiabada e bananas.

O tucunaré (Cichla ocellaris) também pode ser chamado de tucunaré amarelo. É uma espécie carnívora e tem preferência por camarões e peixes. A espécie é encontrada no estado do Amazonas e nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste brasileiro. O tucunaré habita rios, represas e açudes.

Não costumam migrar, então são considerados sedentários, possuem um comportamento agressivo e forte, são ágeis e têm hábitos diurnos. Eles podem medir cerca de 30 a 100 centímetros, o corpo é alongado e sua coloração é amarela possuindo manchas pretas espalhadas pelo corpo.

O tucunaré tem uma mandíbula bem saltada e possui a cabeça grande, o que o torna persistente na hora da pesca. Para pescá-lo deixe a fricção solta e se prepare para uma longa disputa.

O barbado (Pinirampus pirinampu) é um peixe conhecido como peixe-moela, piranambu e pantopaque. Ele é chamado de barbado por apresentar barbatanas grandes nos cantos da boca. Ele é encontrado nas bacias do rio Prata, Amazonas e Araguaia, e costuma ser visto na beira dos rios próximos a cidades e vilas.

Ele pode medir cerca de 80 centímetros e pesar 12 kg, ele é um peixe de couro e possui coloração cinza podendo chegar a castanho no dorso e flancos. Quando é retirado da água costuma ficar com a cor castanho-esverdeado. Costuma viver nas mesmas regiões que o pintado, logo você pode usar o mesmo equipamento para pescá-los.

O Brasil é o país ideal para a pesca esportiva no mar, já que tem mais de 7 mil quilômetros de litoral. A seguir você irá aprender sobre os peixes de água salgada mais cobiçados pelos pescadores.

O peixe-espada (Xiphias gladius) é um grande espécie marinho, podendo ter em média 115 kg. Ele habita os mares tropicais conseguindo nadar até 800 metros de profundidade. Ele pode ser conhecido como imperador e tem um comportamento agressivo, costuma perseguir outros grupos de peixes.

Sua característica mais marcante é o prolongamento dos ossos que formam sua mandíbula superior que parecem uma espada, por isso o nome. Para pescá-lo utilize iscas naturais, como sardinha, ele também costuma ficar atraído por objetos que reluzem, assim utilize uma bóia luminosa na pescaria.

O robalo (Centropomus undecimalis) por mais que seja um peixe de água salgada, ele pode se adaptar e viver em rios, baías e manguezais. Ele possui muitas escamas e tem o corpo alongado, com uma mandíbula inferior bem pronunciada. A coloração do ventre é quase branca e no dorso possui cor cinza, ele possui uma linha negra na lateral do corpo que é bem característica da espécie.

Existem mais de uma espécie de robalo, portanto seu tamanho pode variar, mas podem chegar até 1,2 metro de comprimento e pesar 25 kg. Devido ao seu peso e sua rapidez nas águas é necessário bastante técnica na pesca, fique atento e pode usar iscas naturais e artificiais para pescá-lo.

O agulhão vela (Istiophorus platypterus) é o peixe mais rápido do mundo, atingindo 115 km por hora. É encontrado nas regiões Sudeste, Norte, Nordeste e Sul. Ele apresenta escamas pequenas pelo corpo, e sua característica mais marcante é a grande nadadeira dorsal que tem o formato de uma vela de barco, além disso possui a mandíbula superior em forma de espada.

No dorso possui uma coloração azul escura e nos flancos e ventre é prata. Pode medir mais de 3 metros de comprimento e pesar mais de 60 km. Você irá encontrá-lo em águas profundas e também nas superficiais, onde a temperatura varia entre 22 e 28°C. Eles costumam dar grandes saltos após serem fisgados.

O marlim-azul (Makaira nigricans) é uma espécie de grande porte que tem o formato de uma espada, sua coloração é azul escura no dorso e no ventre é prata, nos flancos apresenta uma faixa horizontal. Ele também tem 15 séries verticais de pintas ao longo da região dorsal. Ele é mais um dos grandes peixes do mar, ele pode pesar até 700 kg e medir cerca de 4 metros de comprimento.

Ele pode ser encontrado nas regiões Sul, Norte, Sudeste e Nordeste e aparece com maior frequência entre os meses de novembro e março, ele será visto entre o estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Ele é bem cobiçado pelos pescadores, pois além do seu tamanho gigantesco realiza um espetáculo quando salta da água.

O peixe tarpon (Megalops atlanticus) é famoso na pesca esportiva por dar vários saltos quando é fisgado. Ele possui um corpo bem alongado e uma boca grande inclinada para frente, sua mandíbula inferior é bem saliente. O tarpon é prata e possui o dorso azulado, popularmente dizem que a sua cor é tão forte que ele é o rei de prata.

Ele pode pesar mais de 150 kg e medir cerca de 2 metros de comprimento. Os tarpons podem ser encontrados no estado do Rio Grande do Sul, mas também são vistos na Inglaterra, ainda são avistados na Bahia e no Amazonas.

O dourado-do-mar (Coryphaena hippurus) é um peixe forte, bonito e grande, sendo bem desejado na pesca esportiva. Ele pode ser encontrado em mar aberto e em águas quentes. Ele tem uma beleza épica e suas cores facilitam isso, quando adulto ele é verde-amarelo brilhante e no dorso possui tons mais escuros com reflexos azuis e prata metálicos. Eles podem atingir no máximo 40 kg e medem cerca de 2 metros.

A corvina (Micropogonias furnieri) é uma espécie encontrada em todo o litoral brasileiro, pode ter quase um metro de comprimento e pesar mais de 10 kg. Esse peixe também pode ser encontrada em rios, podendo ser capturadas em suas margens. Uma dica para a pescaria da corvina é que quando ela é fisgada, sua bexiga natatória pode se inflar, então faça um pequeno furo nela e depois devolva-a para a água.

O baiacu é o nome popular designado a mais ou menos 150 espécies de peixes que são capazes de inflar o corpo quando são ameaçados. É encontrado com abundância durante a primavera e o verão, preferindo o clima quente. Os baiacus não são peixes muito velozes e nem tão fortes, o cuidado na hora da pescaria é com os seus dentes bem afiados que podem romper a linha.

O pampo pode ser conhecido como sernambiguara, e existem cerca de cinco espécies de pampos nas águas brasileiras. Ele é um dos peixes favoritos dos apreciadores da pesca esportiva, costuma ter muitas cores e pode ser amarelo, branco, azul ou prateado. Pode pesar cerca de 4 kg e medir 60 centímetros de comprimento. Para pescar o pampo use o chicote fluorcarbono e pode apostar tanto nas iscas naturais, quanto nas artificiais.

A anchova é um dos peixes mais abundantes da região Norte do Brasil, costumam ter um comportamento agressivo gostando de uma boa briga. Podem medir cerca de 40 centímetros e é um peixe que costuma ficar próximo às rochas, assim pode lançar a isca nesses locais.

São muitas as espécies de peixes que podem ser pescadas nos pesqueiros e aqui você aprendeu as características das espécies mais famosas e abundantes das águas doces e salgadas. Você também viu dicas imperdíveis para fisgar os maiores peixes das águas brasileiras. Então prepare seu equipamento, suas iscas e seu barco e vá se aventurar na pesca esportiva brasileira.