Como fazer um projeto elétrico residencial?
É um fato que ninguém vive sem energia elétrica. Usamos esse artifício para a maioria das atividades do nosso dia, incluindo atividades de lazer e de higiene básica. Por esse motivo, é indispensável que toda a carga elétrica necessária seja distribuída por todos os pontos de acesso do imóvel.
Para que isso ocorra, é muito importante que o projeto seja pensado com antecedência. Sem um detalhamento exato, é impossível instalar a quantidade correta de tomadas e interruptores para todos os cômodos da casa ou apartamento. Além disso, será o cálculo prévio quem irá fornecer os dados importantes para que todo o material possa ser comprado, evitando os excessos e as faltas.
Um projeto elétrico deve priorizar, principalmente, o conforto e a qualidade de vida de todos os envolvidos. Sendo assim, iremos te auxiliar a entender este tema. O artigo a seguir abordará na prática os conceitos mais importantes sobre esse projeto. Vamos aprender?
Sobre o projeto elétrico residencial
Como dito acima, o projeto elétrico residencial será o responsável pelo direcionamento e tomada de decisões dos profissionais envolvidos na obra. Por esse motivo, é importante que você conheça o tema para garantir que tudo sairá conforme previsto. Confira, os detalhes do tema abaixo!
■O que é um projeto elétrico residencial?
O projeto elétrico nada mais é do que todo o planejamento prévio que irá calcular e projetar a instalação da energia residencial. Existem diversos temas que devem ser pensados durante a criação, envolvendo números, medidas, dimensões e conhecimento técnico.
O primeiro passo é iniciar calculando a demanda de energia da residência, para que assim as decisões possam ser tomadas visando a qualidade final do projeto, atendendo as expectativas. Além disso, também é importante pensar nos sistemas de proteção e nos elementos que fazem parte da instalação. O projeto irá servir como um guia para garantir a segurança dos envolvidos.
■Qual a importância de se fazer um projeto elétrico residencial?
O projeto elétrico residencial é de extrema importância. Sem esse guia, as decisões de instalação podem ser tomadas com base em achismos, o que pode ocasionar diversos problemas futuros. Além do mais, sem o projeto elétrico fica difícil simular os gastos totais da obra, sendo um tiro no escuro para quem está investindo na construção ou reforma.
Quando elaboramos um sistema elétrico, uma das maiores preocupações se dá devido à durabilidade de tal projeto. Sabemos que a energia elétrica é vital para qualquer vivência, sendo assim, é muito importante que a instalação não represente riscos e proporcione tranquilidade a família.
■Diferença do projeto elétrico residencial simples e completo
Existem algumas diferenças básicas entre os projetos elétricos residenciais. Para começarmos a falar sobre o assunto, primeiro vamos detalhar o projeto simples. Este modelo irá cumprir todas as normas previstas na NBR-5410, contendo os detalhamentos da obra e sua execução, assim como a lista de materiais.
Por outro lado, o projeto elétrico completo além de garantir o cumprimento das normas, também irá planejar o detalhamento da obra, da execução, dos cálculos, da lista de materiais e do planejamento luminotécnico. É importante buscar o auxílio de um engenheiro ou profissional eletrotécnico registrado para assegurar que a decisão foi tomada com base nas necessidades residenciais.
■Equipamentos e materiais do projeto elétrico residencial
O projeto elétrico residencial começa bem antes da instalação, através dos cálculos e medições. Sendo assim, os primeiros materiais e equipamentos para um planejamento correto são os mais simples, como computador e calculadoras técnicas, por exemplo.
Muitas vezes também é necessário aderir aos softwares, mas iremos descrever isso com detalhes nos tópicos seguintes. Por outro lado, a instalação exige alguns materiais indispensáveis.
Podemos citar o básico como exemplo: interruptores, tomadas, disjuntores, fios, cabos, quadro de distribuição, eletrodutos, adaptadores e lâmpadas. Tudo isso será detalhado com mais clareza em cada projeto, afinal, eles são únicos e personalizados a cada caso.
■ Quem é o responsável técnico de um projeto elétrico?
De fato, apenas um profissional com conhecimentos aprofundados no tema pode elaborar com clareza um projeto elétrico residencial. Entretanto, é importante conhecermos o assunto para não nos sentirmos confusos ou perdidos durante esse planejamento.
Apenas profissionais registrados junto ao CREA podem assinar e aprovar um documento como este. Basicamente, são os engenheiros civis ou o profissional de eletrotécnica formados que analisam e concedem o início da instalação. Por esse motivo, é essencial buscar um parceiro de confiança, para que juntos, vocês possam pensar em soluções práticas para um bom planejamento.
■Normas técnicas de um projeto elétrico residencial
É a norma NBR-5410 que é a responsável por definir quais são as regras que um projeto elétrico residencial deve seguir. Através dessas leis é possível garantir a segurança de todos os envolvidos, evitando acidentes e assegurando uma instalação de qualidade.
É através dessa norma que os cálculos são apresentados, já que esta estipula quais devem ser os conceitos básicos apresentados, assim como as regras para cada tipo de instalação. As obras passam sempre por fiscalizações, ou seja, a falta de adequação às leis pode categorizar problemas e riscos futuros.
Tipos de eletrodutos e o quadro de distribuição
Os eletrodutos são peças indispensáveis em qualquer instalação. Sabemos que existem alguns modelos diferentes, e estes apresentam características que devem ser consideradas na escolha. Conheça mais sobre o tema abaixo.
■Eletroduto flexível corrugado
O eletroduto flexível corrugado é considerado por muitos como o mais comum na instalação. É muito recomendado em locais que necessitam de curvaturas, já que a sua flexibilidade permite uma fácil adaptação. Seu material é o PVC, o que apresenta uma ótima durabilidade.
Por ser mais maleável, é muito importante manuseá-lo com cuidado. O excesso de força pode amassar a passagem, dificultando o acesso a cabos e fios. Como o nome indica, esse tipo de eletroduto possui a textura de círculos, por isso, é mais indicado na utilização interna das paredes.
■Eletroduto flexível plano
Diferentemente do modelo citado acima, o eletroduto flexível plano é muito utilizado nas decorações industriais, visto que esta opção pode ser usada de forma visível. Assim como o corrugado, essa estrutura facilita os projetos que exigem flexibilidade.
Entretanto, esse modelo permite um acesso ainda mais facilitado entre os fios e cabos, já que a textura completamente lisa facilita a passagem dos materiais. O material é muito resistente, sendo totalmente imune a corrosão e a umidade. É uma ótima possibilidade para garantir uma instalação segura e estilosa.
■Eletroduto rígido de PVC
Como o nome já indica, o eletroduto rígido de PVC possui algumas características diferentes dos modelos citados acima. Acontece que essa opção não traz flexibilidade. No entanto, o eletroduto rígido traz muita resistência.
Normalmente, seu uso é direcionado para as instalações na laje ou nos formatos subterrâneos. O material PVC facilita a passagem dos fios e cabos, cumprindo também a sua maior missão, que é a de proteger e promover a segurança, evitando incêndios e explosões.
■Eletroduto rígido de aço galvanizado
O eletroduto rígido de aço galvanizado pode ser considerado por muitos como um dos modelos mais resistentes. Normalmente, são produzidos com substâncias que garantem a proteção contra a corrosão. A opção pode ser utilizada de forma subterrânea ou visível.
Muitas decorações industriais também dão preferência ao modelo, mas é importante destacar que a instalação pode ser complexa, já que o material não acompanha curvas. Os eletrodutos rígidos de aço galvanizado também atuam como isolante térmico e elétrico.
■O que é o quadro de distribuição
O quadro de distribuição é uma peça indispensável na instalação de um projeto de energia. Será ele quem irá garantir a segurança e o bom funcionamento do restante dos elementos elétricos presentes.
Além disso, é o quadro de distribuição que abriga os condutores elétricos, sendo essa uma questão muito importante. Afinal, todo esse conjunto atua na distribuição da energia residencial. Existem diferentes tipos de quadro de energia elétrica.
Normalmente, cada um deles tem suas especificações técnicas, que podem ou não ser direcionadas a um uso específico. Em uma casa, geralmente, apenas um quadro de distribuição geral já é o suficiente para controlar toda a instalação. Lembre-se que esse quadro de distribuição deve ser instalado em um local de fácil acesso.
Dispositivos de proteção
Os dispositivos de proteção são essenciais em qualquer projeto de energia elétrica. O conjunto de peças evita as sobretensões e a variação de rede, o que torna a instalação mais segura, protegendo também a vida útil dos aparelhos eletrônicos. Vamos conhecer mais sobre esse assunto?
■Disjuntor Termomagnético
O disjuntor termomagnético também é conhecido pelas siglas DTM. Essa peça é responsável por garantir o auto desarme em caso de calor atípico, o que é um forte indicativo de correntes excedentes.
O DTM é um modelo muito comum de dispositivo de proteção. Seus preços podem variar bastante dependendo do tamanho da obra. Além disso, o disjuntor termomagnético também possui variações quanto às opções disponíveis.
Normalmente, é possível encontrar peças que são divididas entre: monopolar, bifásico ou trifásico, sendo essas as nominações que correspondem ao número de pólos. Também encontramos variações quanto à corrente de curto-circuito. As opções apresentam os tipos de curva B, C ou D.
■Disjuntor diferencial residual
O disjuntor diferencial residual também é conhecido pela sigla DR. Esse modelo protege os moradores contra os choques elétricos. Diferentemente do modelo citado acima, o DR reconhece as cargas excedentes que são capazes de apresentar sérios riscos ao corpo humano, caso está entre em contato com nosso sistema.
Segundo a norma NBR-5410, esse modelo tem obrigatoriedade em qualquer projeto. A lei afirma que a peça deve ser inserida nos cômodos onde há o uso de água, como banheiro e cozinha, por exemplo. Além disso, o disjuntor diferencial residual também é essencial nas instalações que contém tomadas externas, como as ligações na garagem e área de serviço.
■Quadro de distribuição
O quadro de distribuição tem uma função indispensável em qualquer projeto de energia elétrica. Mas, além de todos os motivos pelos quais citamos acima, o conjunto também atua garantindo a proteção dos envolvidos, da instalação e dos equipamentos eletrônicos.
Será essa estrutura que irá abrigar os dispositivos de proteção escolhidos. Por esse motivo, a má instalação ou a falta de planejamento podem causar a distribuição incorreta, levando até mesmo a graves acidentes. Através do quadro de distribuição controlamos todo o projeto, sendo também uma estrutura de acesso ao desligamento da energia.
Interruptores
Os interruptores são uma parte muito importante do projeto elétrico residencial. Existem alguns modelos diferentes que são indicados para tipos distintos de planejamento. Abaixo, você irá conhecer algumas características sobre o tema.
■Tipo de instalação
O tipo de instalação escolhida também será um dos fatores que irá impactar na escolha dos interruptores. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, os interruptores não são escolhidos apenas pela beleza da peça.
O seu projeto irá demandar algumas escolhas importantes nessa etapa. Se a sua obra é muito grande, provavelmente você terá que avaliar possibilidades que incluem modelos mais robustos. O tipo de instalação pode conter interruptores que ligam em um ou mais pontos, a depender da necessidade dos moradores.
■Função
Os interruptores vão além da decoração residencial. Obviamente a peça também pode ser escolhida com base na aparência, já que existem muitos modelos diferentes para cada uma das especificações. Porém, devemos dizer que a sua função principal é controlar os pontos de luz do ambiente.
De nada adianta um projeto completo e funcional se os interruptores não estão instalados nos locais corretos. A falta da peça pode deixar os moradores desconfortáveis. Além disso, como citamos acima, nas grandes obras os interruptores podem ser utilizados em quantidades específicas para acionar apenas um ponto, facilitando o dia-a-dia.
■Interruptor simples
O Interruptor simples é o mais comum de todos. Normalmente, é utilizado no mínimo uma vez em qualquer projeto residencial. A peça é responsável por controlar um único ponto de luz, podendo ser utilizado apenas com uma lâmpada ou um conjunto delas.
A instalação deste sistema não é complexa, o que também facilita a utilização, sendo um dos motivos que o levaram a se tornar o modelo mais comum. Existem muitos modelos de interruptores simples, basta analisar os seus gostos pessoais. Geralmente o interruptor simples se adequa muito bem aos projetos residenciais, principalmente aos cômodos menores, que não exigem um sistema robusto.
■ Interruptor paralelo
Os interruptores paralelos também são conhecidos como Three Way. Este modelo é utilizado quando há a necessidade de controlar um ponto de luz de uma área diferente. Isso é muito comum nas obras grandes, sendo utilizados inclusive em corredores e escadas.
Para exemplificar, imagine um quintal grande. Você ter a disponibilidade de controlar a luz através de um interruptor localizado no centro do ambiente, e um interruptor localizado no início da área, pode facilitar a sua vida e tornar a locomoção mais segura. O interruptor paralelo visa aumentar o conforto dos moradores, afinal, existem modelos que se adequam bem até mesmo ao lado da cama e da mesa de leitura, por exemplo.
■Interruptor bipolar simples
O interruptor bipolar é de uso exclusivo para os projetos que utilizam 220V. Assim como o modelo simples citado acima, esse também é utilizado em estruturas que não demandam uma grande complexidade. O ponto será responsável por controlar apenas um foco de luz.
Este tem a função de ligar e desligar lâmpadas 220V, e de acordo com a norma NBR-5410, a peça é fundamental para manter a instalação segura. Esse interruptor irá atuar evitando os acidentes, trabalhando com 4 conectores, o que difere de alguns outros modelos.
■Interruptor duplo
O interruptor duplo age acionando lâmpadas ou conjunto de lâmpadas diferentes. É uma ótima ideia para quem deseja otimizar as áreas da casa, já que assim é possível garantir a luminosidade de um grande ambiente apenas acionando os interruptores mais próximos.
Para exemplificarmos isso, imagine uma suíte. O interruptor duplo irá permitir que o morador controle o ligamento e o desligamento das lâmpadas do quarto e banheiro no mesmo local, de forma simples e rápida. Isso também facilita a locomoção, aumentando o conforto das pessoas que vivem na residência.
Tomadas
Assim como os interruptores, as tomadas também são de extrema importância dentro de um projeto elétrico. Acontece que não é possível ter conforto sem utilizar pontos de energias corretos. Sendo assim, abaixo iremos explicar com mais detalhes como funciona essa questão.
■Tensão elétrica
A tensão elétrica também é conhecida como a voltagem, e sua função serve basicamente para dar o impulso para empurrar a corrente elétrica. Existem alguns níveis diferentes de tensões, e nosso país é um dos que utilizam diversas categorias.
Existem tensões de 115V, 127V, 220V, 254V, 240V, 230V, 380V e 440V. No site da Aneel é possível consultar os níveis de tensões de cada cidade do Brasil. Podemos dizer que não existe uma opção mais adequada para todos os casos. Mas, é essencial que você consulte a padronização da sua região, para que assim você não tenha problemas quanto aos aparelhos eletrônicos.
■Corrente elétrica
A corrente elétrica também é chamada de amperagem. Sua função basicamente conduz o fluxo de elétrons aos fios. Isso pode variar de acordo com a necessidade do aparelho eletrônico. Por isso, é muito comum quando encontramos tomada com uma estrutura diferente de outros modelos.
Existem os plugs de 10A e 20A. O que vai definir essa escolha será o uso a qual está peça será destinada. Em uma tomada de 10A, o milímetro dos conectores é de 4,0. Por outro lado, as tomadas 20A tem um tamanho de 4,8 milímetros para cada conector.
■Potência elétrica
A potência elétrica irá atuar juntando o impulso dos elétrons com a força do impulso da corrente. Isso irá causar o efeito necessário para que todo o conjunto consiga prover o fluxo elétrico até todos os pontos de tomadas da residência.
É a potência elétrica que transforma a energia para que possamos a utilizar da forma correta. Para chegar a um número correto, é preciso calcular a divisão de energia elétrica transformada, pelo intervalo de tempo dessa transformação.
Basicamente é preciso usar uma fórmula que irá considerar a potência elétrica medindo o watt, assim como a diferença de potencial medida em volts e a corrente elétrica medida no ampere.
■Tomadas de Uso Geral e Específico
É muito importante definir com clareza quais são as necessidades que determinadas tomadas vão atender na instalação residencial. Isso acontece porque é normal termos aparelhos de consumo inferior a 10A, e nesses casos, é preciso planejar o uso de tomadas gerais. Por outro lado, sabemos também que existem pontos dedicados a sistemas exclusivos, como é o caso dos chuveiros e das máquinas de lavar, por exemplo.
Esses equipamentos eletrônicos têm um consumo maior que 20A, por isso, é preciso planejar o uso de tomadas específicas. Devemos entender que a quantidade de energia necessária será diferente para os cômodos. Sendo assim, é preciso prever cenários distintos e analisar alguns números.
Lâmpadas
As lâmpadas são essenciais para qualquer tipo de projeto elétrico, inclusive os residenciais. Não podemos deixar de citar algumas diferenças entre os variados modelos de peças existentes. Essa decisão também pode impactar o consumo de energia, por isso, vamos conhecer o tema.
■Lâmpadas fluorescentes
Podemos dizer que as lâmpadas fluorescentes são uma das escolhas mais comuns na instalação de um projeto elétrico. Estas apresentam diversas vantagens, incluindo o baixo custo e o grande potencial de iluminação.
Geralmente é possível encontrar lâmpadas fluorescentes de cores diferentes, desde as mais quentes, que são destinadas a cômodos específicos, até as de cores frias, muito utilizadas nas salas e escritórios, já que são neutras. É uma ótima opção para quem busca custo-benefício.
■Lâmpada de LED
As lâmpadas de LED também são uma escolha muito comum, especialmente para os projetos de iluminação que tem o foco na decoração. Estas apresentam uma longa vida útil, como também uma economia muito parecida com o modelo citado acima.
Entretanto, uma de suas maiores vantagens é a variedade de modelos. Isso permite que os mais diferentes projetos possam ser atendidos com elegância e classe. Muitas pessoas optam por tubos grandes, principalmente nos ambientes como as garagens, por exemplo. Por outro lado, também é possível apostar em peças de mais requinte, já que é possível escolher entre diversas cores e formatos.
■Lâmpadas halógenas
As lâmpadas halógenas são menos comuns. No entanto, o modelo traz uma decoração diferente, o que também proporciona um visual mais intimista, trazendo tranquilidade. Essas lâmpadas são uma ótima pedida para quartos e ambientes privativos.
Mas, é importante ressaltar que a escolha não é econômica como as opções acima. De acordo com algumas pesquisas, as lâmpadas halógenas têm uma estimativa de durar de 2 a 5 anos. Isso pode variar de acordo com o tempo utilizado e a qualidade da marca.
O número não é ruim, mas se comparado a algumas opções econômicas, podemos notar uma grande variação. É preciso pensar se vale a pena optar por essa escolha, embora o efeito seja bonito.
Simbologia de um projeto elétrico
A simbologia de um projeto elétrico pode ser de difícil entendimento para as pessoas mais leigas. Afinal, existem algumas características gráficas que não são comuns para o nosso entendimento. Por esse motivo, abaixo iremos explicar de forma simples como o tema funciona.
■Traço
O traço é responsável por representar um eletroduto. Existem diferentes tipos de apresentações, onde normalmente, são mostradas algumas características da forma como o condutor será utilizado.
Entre os modelos podemos citar o desenho que apresenta o eletroduto embutido no teto, assim como o eletroduto embutido no piso, assim como outras diferentes representações. No geral, esse desenho será sempre formado por um traço, mas há algumas variações quanto ao restante da simbologia, podendo ser incluídos traços pontilhados ou riscados.
■Círculo
Os círculos representam os pontos de luz, os interruptores ou qualquer outro conjunto que esteja localizado no teto. Assim como a simbologia citada acima, os círculos também têm diferentes modelos, sendo que estes podem variar de acordo com o significado necessário.
Além disso, os círculos também variam conforme o tipo de interruptor do projeto. Podemos dizer que o interruptor de uma seção tem um desenho mais simples. Mas, em contrapartida, também existem as representações de interruptores de duas e três sessões que são mais complexos.
■Triângulo equilátero
Essa simbologia tem a função de representar as tomadas, desde as de uso geral até as de uso específico. Podemos dizer que esse desenho é mais complexo do que os dois modelos citados acima, já que aqui poderão haver inúmeras diferenças que precisam ser representadas com detalhes importantes.
Os triângulos conseguem apresentar os modelos de tomadas para saída de telefone interno e externo, assim como tomadas para rádio e televisão. Existem diversas outras situações, e nesse caso, é muito importante buscar imagens compatíveis com o tema, para que este se torne de fácil reconhecimento.
■Quadrado
O quadrado tem uma representação um pouco mais simples, e normalmente é de fácil entendimento. Estes estão no projeto para representar os elementos que porventura estão localizados no piso, assim como os conversores de energia.
Existem também alguns diferentes tipos dessa simbologia. O desenho pode apresentar quadro parcial de luz e força embutido, assim como caixas de telefone ou de medidor. Os elementos quadrados podem incluir traços, muitas vezes ao lado ou em baixo do símbolo.
Software para elaboração do projeto elétrico
Os softwares de elaboração de um projeto elétrico são fundamentais, já que essa tecnologia facilita a criação, a análise e a representação de todas as conclusões às quais os profissionais e os responsáveis chegaram. Por isso, os tópicos abaixo vão apresentar três opções. Vamos conhecer?
■Lumine
O Lumine apresenta muitas vantagens aos usuários, já que suas tecnologias permitem que o lançamento de eletrodutos seja feito de maneira automática. Além disso, a estrutura do software também apresenta a lista de materiais adequada para cada quadro, circuito e pavimento.
Geralmente essa opção é indicada para os projetos de baixo tensão, podendo incluir sistemas de telefonia e outras instalações residenciais. O software é de fácil entendimento, mas existem muitos cursos e vídeos na Internet que ensinam todo o passo a passo de utilização.
■Autocad
O Autocad é um software extremamente famoso pelas suas tecnologias que conseguem representar os projetos em 2D ou 3D. Além dos projetos elétricos, esse software também consegue fazer outras inúmeras tarefas, como planejamentos de engenharia ou decoração.
Devido a essa grande variedade, essa opção se torna excelente. Além disso, o Autocad também oferece alguns templates diferentes, o que proporciona uma experiência mais adequada aos profissionais e até mesmo as pessoas que ainda são leigas no assunto.
■Revit
A plataforma Revit também é conhecida como BIM, e tem muito destaque no mercado. Assim como a opção apresentada acima, o BIM também é uma ótima opção para os mais diversos projetos, inclusive para as estruturas 2D e 3D. Ele é conhecido por ter ferramentas práticas, que permitem uma economia de tempo muito maior.
Existem muitos vídeos e cursos que também ensinam as variedades da plataforma. O primeiro contato pode parecer assustador, mas muitos profissionais afirmam que o Revit tem uma tecnologia de fácil entendimento, vale a pena conhecer.
Passo a passo para elaboração do projeto elétrico residencial
O passo a passo de elaboração de um projeto elétrico residencial é fundamental para que nenhum detalhe importante seja esquecido, pois, isso atrapalha a execução. Sendo assim, iremos te auxiliar citando as principais tarefas nesta etapa. Confira abaixo!
■Calcular área e perímetro de cada cômodo
O primeiro passo é calcular todo o perímetro de cada ambiente residencial. Essa etapa é muito importante, pois será através desses números que será definido a previsão das potências, calculando também a quantidade de focos de luz e de tomadas. É essencial frisar que tudo isso será baseado nas normas NBR-5410.
Além disso, executando esse primeiro passo também é possível analisar quais devem ser os melhores projetos para a luminosidade, auxiliando também a definir a estrutura dos interruptores. Por esse motivo, o cálculo deve ser feito e revisado, já que esse cuidado irá evitar erros posteriores.
■Encontrar a potência geral da residência
Será com base nos números que citamos acima, que a potência geral da residência será definida. De acordo com as normas NBR-5410, o número de tomadas e de luminosidade será um critério muito importante e deve-se seguir todas as recomendações, visando a segurança da instalação.
Nesse caso, deve ser levado em consideração as orientações para cada cômodo, já que isso também auxilia a evitar as sobrecargas. No geral, não é apenas o estilo e a beleza quem irá definir as estruturas de iluminação. Por isso, fique atento e não deixe de verificar se a sua obra irá atender as especificações.
■Para o cálculo da potência de iluminação
O cálculo da potência de iluminação é o início do planejamento efetivo do projeto elétrico residencial. Para começarmos, é importante novamente consultar os números citados no primeiro tópico desta seção. Basicamente, um cômodo com área igual ou inferior a seis metros quadrados, pode se utilizar apenas um foco de luz com 100VA.
Já para os ambientes que ultrapassam essa estrutura, será necessário colocar um ponto de luz de 100VA para o primeiro seis metros quadrados, sendo que o restante do cômodo será iluminado a cada quatro metros quadrados com um ponto de 60VA. Os valores que forem inferiores a isso devem ser desconsiderados.
■Para o cálculo da potência de tomadas de uso geral
O cálculo da potência de tomadas também deve ser realizado com base nas orientações das normas NBR-5410. Para os cômodos que não possuem mais de seis metros quadrados, como o número citado acima, deve ser inserido apenas uma tomada de 100V. Por outro lado, os ambientes que ultrapassam essa estrutura devem se adequar a quantidade de uma tomada a cada cinco metros.
No banheiro, a tomada deve ser inserida no mínimo a 60 cm do box, com as características de 600VA. Para a cozinha, o número pode se tornar maior, sendo uma tomada de 600VA a cada 3,5 metros. Já em corredores e garagens deve haver pelo menos um ponto de tomada.
■Para o cálculo da potência das tomadas de uso específico
As tomadas de uso específicas são caracterizadas pelos pontos que alimentam uma corrente nominal superior a 10A. A carga desse ponto de tomada, deve ser específica para o aparelho que será utilizado naquele local, por isso o nome.
Esses pontos auxiliam na organização dos moradores, sendo destinados a equipamentos de uso fixo, como o chuveiro, por exemplo. É importante que cada um desses locais não ultrapassem a distância máxima de 1,5 metro do aparelho a qual está destinado. Não se esqueça que nesta etapa devem ser verificados o layout de toda a casa, então pense com calma.
■Distribuir os circuitos
Os circuitos devem ser distribuídos conforme a necessidade, levando em consideração os parâmetros estipulados pela quantidade de tomadas e pontos de luz. Além disso, também é importante analisar quais são as recomendações das normas NBR-5410 para cada caso específico.
As tomadas com corrente nominal superior a 10A, recebem circuitos separados apenas para seu uso. Já os outros pontos de tomada e de iluminação também devem receber circuitos independentes. Toda essa separação é feita através do quadro de distribuição. É essencial garantir e priorizar a segurança, evitando as improvisações.
■Representar o projeto elétrico
Após todos os cálculos e decisões, chegou a hora de transformar tudo isso em um projeto propriamente dito. A partir dos números, chega o momento de passar essas informações para a planta do local.
Essa etapa é muito importante, pois será através desse guia que a instalação será feita, por isso é muito importante evitar erros. Deve-se seguir as normas da NBR-5410 para representar as simbologias da forma correta.
Para representar todos os detalhes do projeto, é feito o diagrama unifilar, que é o desenho que mostra graficamente a planta arquitetônica unida às explicações técnicas voltadas ao meio elétrico. É importante inserir cada elemento, desde os eletrodutos até os condutores, pontos de luz e tomadas.
■Cálculo da corrente
Nessa etapa é importante utilizar a fórmula representada pela corrente = potência x tensão, sendo que este cálculo deve ser aplicado a cada circuito. Para a corrente do quadro de distribuição, primeiramente irá obter-se o somatório das correntes de iluminação e tomadas de uso geral, multiplicando-as pelo fator de demanda.
Esse fator se baseia na quantidade máxima das potências que serão utilizadas nos momentos de maior exigência na instalação. Isso funciona como uma previsão, evitando os curtos e as sobrecargas.
Também é importante fazer o cálculo das tomadas de uso específicas, considerando o número de circuitos. Por fim, faz-se o somatório de todos os valores encontrados, dividindo tudo isso pelo fator de potência médio.
■Dimensionamento dos condutores e dos disjuntores do circuito
Aqui será definido a espessura dos condutores, pois é importante que toda a corrente consiga circular pelos fios. Deve-se levar em consideração todas as normas da NBR-5410, que irá diferenciar a bitola (espessura) dos eletrodutos, analisando cada projeto conforme a necessidade.
Para o disjuntor do quadro medidor, é preciso considerar a potência total instalada, assim como o tipo de sistema da companhia de distribuição local. Levando essas informações em consideração, o superaquecimento se torna uma probabilidade baixa. Essa etapa final deve ser pensada cuidadosamente, e o ideal é analisar tudo isso juntamente ao profissional escolhido.
Dúvidas sobre o projeto elétrico residencial
Existem muitas dúvidas que podem surgir quando o assunto é um projeto elétrico residencial. Por esse motivo, abaixo também iremos falar sobre alguns pontos importantes sobre o tema. Não deixe de conferir os tópicos a seguir.
■Qual o fio padrão para instalação elétrica residencial?
Escolher o fio correto para a instalação elétrica residencial realmente não é uma missão simples. Nesse processo, é importante levar alguns fatores em consideração, já que o fio também será um dos responsáveis por garantir a durabilidade do projeto. No geral, é preciso analisar a tensão da energia elétrica, assim como a distância em que esta irá percorrer até chegar ao destino.
A espessura dos fios é mais conhecida como bitolas. No caso de projetos de iluminação, a grossura não deve ser inferior a 1,5 mm. Já para os pontos de tomada esse número chega a 2,5 mm. Além disso, para as instalações de 100V e 220V, os fios devem ser de 40 A e 20 A respectivamente
■Quantas tomadas deve ter na sala?
Não existe uma quantidade ideal de tomadas para cada cômodo, desde que as normas da NBR-5410 sejam cumpridas. Segundo as leis, uma tomada deve ser inserida a cada oito metros quadrados, visando garantir o conforto e o bom funcionamento da instalação.
Entretanto, na sala o ideal é manter uma tomada a cada 5 metros, já que no cômodo se utiliza diversos aparelhos eletrônicos, incluindo TV's e equipamentos de lazer. Não existe uma quantidade máxima de tomadas, mas o ideal é que o ambiente tenha a harmonia necessária, priorizando principalmente a necessidade dos moradores.
■Qual a altura da tomada da geladeira?
Sabemos que as tomadas da cozinha devem ser localizadas em pontos estratégicos, visando o bom funcionamento de todos os aparelhos domésticos necessários. Nesse caso, a tomada para a geladeira deve ser posicionada de modo a garantir o bom uso do equipamento, priorizando também a harmonia do local.
Não existe uma regra para isso, mas normalmente a recomendação é que a tomada seja planejada a cerca de 100 cm ou 150 cm do chão, podendo variar também conforme o modelo da geladeira. Além disso, outra dica é posicionar este ponto de energia logo atrás do equipamento.
■Qual é o padrão de tomadas no Brasil?
Atualmente, o Brasil possui apenas um tipo de padrão para as tomadas. Existe também um outro modelo que não se utiliza mais nos dias de hoje, que é o caso das tomadas com dois pinos. Muitos aparelhos já exigem a estrutura com 3 pinos, como é o caso dos computadores e ar condicionado, já que estes apresentam risco de choque.
É importante frisar que a tomada de 3 pinos surgiu há muitas décadas, porém, foi apenas em 2011 que o modelo se tornou obrigatório. Sendo assim, é comum ainda encontrarmos casas muito antigas com tomadas de 2 pinos, mas isso pode causar problemas e incômodos com as tecnologias mais recentes.
■Qual marca de fio é melhor?
Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, os fios apresentam diferenças significativas entre uma marca e outra. A fabricação diferente resulta em uma qualidade que pode ou não ser superior a outros modelos.
No geral, não existe uma fórmula para encontrar a melhor opção para o seu caso. No entanto, é muito importante garantir que a sua escolha esteja dentro dos padrões de segurança exigidos.
Para te auxiliar na decisão, podemos citar duas marcas muito conhecidas e requisitadas: Pirelli e Corfio. Ambas atendem todas as normas de segurança e garantem muita qualidade ao serviço.
■Como escolher o melhor cabo?
Essa dúvida é muito comum durante as escolhas de materiais para uma instalação elétrica residencial. De fato, os cabos rígidos e flexíveis apresentam algumas vantagens de desvantagens.
Sendo assim, é importante entender mais sobre o tema para tomar uma decisão assertiva. Como o nome já indica, o cabo flexível irá trazer mais versatilidade quanto a instalação, já que o produto se adequa à superfície de maneira mais fácil.
Além disso, muitos dizem que devido a essa vantagem, o cabo flexível tem uma maior duração. Em contrapartida, os cabos rígidos são mais indicados para as áreas externas, oferecendo também um maior custo-benefício.
Aproveite as dicas e faça um projeto elétrico!
Se você está pensando em começar a sua construção, ou iniciar uma grande reforma, o projeto elétrico não pode ficar de fora, principalmente no início do planejamento. Como você pode observar, será através dessas escolhas que você poderá definir as questões de decoração.
Afinal, o uso das tomadas e dos focos de luz também interferem no layout do ambiente. Sendo assim, é importante que você entenda sobre o assunto, pois mesmo com o auxílio de um profissional, você ainda precisará analisar as decisões, levando em consideração o conforto de toda a família.
No geral, o projeto elétrico residencial pode parecer complicado a princípio, mas todos os detalhes que citamos neste artigo tem o intuito de facilitar a sua compreensão. Por fim, não deixe de se informar sobre a norma NBR-5410.
Com base nessas informações você poderá estar em conformidade com a lei, fazendo uma instalação mais segura e durável. Espero que a leitura tenha ajudado a conhecer mais sobre o assunto.
Estudante de marketing e apaixonada pela escrita.
Adoro falar sobre a natureza e os mais diversos hobbies.
Quero melhorar o mundo através das palavras, e o aprendizado é o melhor caminho para isso!