Bulbos: conheça uma alternativa para o plantio de algumas flores e plantas!
O termo bulbo é comumente utilizado para se referir a plantas que apresentam estruturas de armazenamento carnudas e subterrâneas. No entanto, apenas algumas das plantas chamadas de bulbo realmente se enquadram nesta definição.
Considera-se, portanto, que o bulbo diz respeito a qualquer planta que armazena seu ciclo de vida completo em uma estrutura de armazenamento subterrâneo, tendo a função de constituir reservas de nutrientes de modo a garantir a sobrevivência das plantas.
Sua aparência consiste em um botão relativamente grande, geralmente em forma de globo, com folhas sobrepostas, membranosas ou carnudas surgindo de um caule curto. Os bulbos produzem belíssimas flores ornamentais, assim como importantes ervas e condimentos presentes na culinária e no emprego de medicamentos e remédios terapêuticos.
Para tanto, os bulbos oferecem uma interessante exibição, podendo ser cultivados em canteiros de jardins, em vasos e mesmo dentro de casa. Se interessou? Continue lendo para conhecer mais informações sobre os bulbos.
Conheça o bulbo!
Os bulbos oferecem uma ótima exibição para serem plantadas em vasos, canteiros de jardim, ou mesmo no interior de casa. Além disso, a categoria comporta plantas medicinais e da culinária, que recompensam o cultivo, sendo ainda algumas das plantas mais fáceis e gratificantes de cultivar. Leia mais a seguir para conhecer melhor as características e cultivos de bulbos.
■O que é um bulbo?
Essencialmente, os bulbos são caules subterrâneos que funcionam como órgãos vegetais de armazenamento para a planta que carregam tanto material genético inicial, como também atuam para suprir todos os nutrientes de que a planta precisa. Esses nutrientes, por sua vez, estão concentrados em uma massa compacta como a forma da cebola.
Além disso, também se caracterizam pelo engrossamento da base de ido ao acúmulo das reservas e pela presença de um prato basal. Apesar de existirem três tipos diferentes de bulbos, somente um é considerado verdadeiro. Isto é, os diferentes tipos de bulbos são reconhecidos de maneira precisa por geófitas e abrange uma grande gama de tipos de plantas.
■Características físicas do bulbo
O verdadeiro bulbo é uma estrutura em camadas composta por carboidratos vegetais que possui um rebento de planta no núcleo. Para tanto, possui um chamado prato basal, onde crescem as raízes e, na maioria dos casos, escamas e camadas.
Além disso, os bulbos verdadeiros podem ser divididos entre os tunicados, que apresentam camadas de escamas externas secas, sendo essenciais para proteção contra a seca e injúrias mecânicas. Narciso, amarílis e tulipa são exemplos dessa variedade de bulbos.
Já os bulbos escamosos não possuem a camada protetora e, para tanto, são facilmente danificados. As camadas são separadas entre si e unidas somente na base do prato. Os lírios são exemplos de bulbos escamosos. Enquanto que os bulbos sólidos apresentam consistência dura, além de serem muito compactos, o que geralmente garante boa resistência aos danos mecânicos. O exemplo é o gladíolo.
Flores e plantas com bulbos
Existe uma grande variedade de plantas e flores com bulbos. Aqueles que desabrocham na primavera, por exemplo, como os bulbos de tulipa e de narciso, iluminam o jardim quando há poucas cores amostra. Além disso, você pode contar com bulbos de verão, ou com as begônias que continuarão a ser exibidos até o outono. Inspire-se na nossa lista a seguir para adquirir uma dessas interessantes plantas:
■Tulipa
Nativa das regiões da Ásia Central, as tulipas e seus híbridos de hoje apresentam cores brilhantes e tons pastel que podem fornecer uma ampla paleta de cores para pintar o seu jardim. As tulipas, assim como muitos bulbos da primavera, já possuem uma flor embrionária escondida que está apenas esperando para começar a crescer.
As tulipas são tão ansiosas para crescerem que, se você plantá-las muito cedo, ainda assim brotarão suas folhas rapidamente. Evite bulbos que estejam moles e mofados e escolha grossos e firmes e plante-a através do bulbo no final do verão até meados do outono.
■Begônia
As begônias não apenas são fáceis de cultivar, como também podem exibir um hábito de crescimento vertical ou arrastado, tornando-as perfeitas para uma ampla variedade de exibições. Para além disso, essas plantas florescem em chamativos tons vermelho brilhante, rosa, coral, laranja e amarelo, podendo se adequar a muitas preferências de cores.
Os bulbos da begônia apresentam maior desempenho quando plantados no período da primavera. Nativa de regiões tropicais, as begônias não devem ser transplantadas ou movidas para o ambiente externo até que as temperaturas noturnas estejam acima de 15ºC.
■Lírio
Os lírios são plantas perenes, de comportamento alto e esguio, muito apreciado por suas flores graciosas que costumam apresentar uma fragrância inebriante. Originárias do hemisfério norte, essas cativantes plantas com flores de verão crescem bem como cachos em vasos e canteiros. A época ideal para o plantio dos bulbos do lírio é do inverno até a primavera.
Além disso, é interessante trazer que os bulbos podem ser mantidos no solo para se naturalizar por vários anos, sem que seja necessário transplantá-los. Mas, caso você esteja planejando propagá-los, certifique-se de realizar essa tarefa durante o outono e replante sem demora.
■Nó de cachorro
O nó de cachorro é uma planta com bulbos, pertencente à família do lírio. Ocorre em cerrados em solos não alagáveis e arenosos. Além disso, é tolerante às queimadas. Sua inflorescência racemosa reúne belas flores amarelas que oferecem recursos aos visitantes, como abelhas e formigas.
Além disso, no Brasil a planta nó de cachorro é empregada como medicinal pois possui propriedades benéficas ao seu ser humano. É também considerada energética e antioxidante.
■Frésia
Originária da África do Sul, a frésia é uma planta bulbosa bastante aromática, com flores de aparência interessante, apreciadas por sua forte fragrância doce e picante.
Em forma de funil, as flores nascem em densos aglomerados ramificados em caules finos de 30 a 60 cm de altura, acima de longas e estreitas flores verdes. Com sua maravilhosa gama de cores, que inclui amarelo, malva, roxo, branco e laranja, as frésias são muito empregadas de forma decorativa, sendo imensamente populares como flores de corte.
■Narciso
Considerada uma das primeiras flores a florescer em abundância em toda primavera, os narcisos possuem uma ampla variedade, ideal para compor uma coleção. Este grupo diversificado de flores é muito resistente a pragas e doenças. E, para além de suas variedades de formas e tamanhos diferentes, muitos até possuem um agradável perfume doce.
Os bulbos de narciso plantados no outono produzem flores de primavera fáceis de cultivar que prosperam tanto ao sol quanto à sombra parcial. Além disso, os bulbos se multiplicam rapidamente e, em apenas 2 a 3 anos após o plantio, você possivelmente terá ao menos o dobro de plantas que começou.
■Dália
As dálias são plantas perenes que produzem delicadas flores coloridas que desabrocham do meio do verão ao outono, quando muitas plantas já passaram do seu melhor. As dálias são membros da família Asteraceae, que inclui espécies relacionadas como o girassol e a margarida.
Além disso, as dálias não crescem bem em solo frio, para tanto, seus bulbos são plantados durante o final da primavera. Além de possuírem uma variedade de cores comparada a um arco-íris, as dálias podem variar em tamanho, desde pequenos pompons até flores consideravelmente grandes.
■Jacinto
O jacinto é uma planta bulbosa, perfumada e fácil de cultivar. Seu florescimento abarca uma variedade de cores que variam do roxo tradicional, ao rosa, branco e até à malva. Recomenda-se o cultivo de jacintos na frente de canteiros de jardim para uma bela exibição, junto a outras plantas bulbosas da primavera, como jacinto-uva e tulipas.
Ademais, seu tamanho pequeno também os tornam ideais para expositores em vasos, a fim de adquirir um toque de cor para a casa. No cultivo dos bulbos, você poderá plantá-los de forma mais superficial e, a fim de obter uma bela exibição, você poderá cultivá-los de maneira mais próxima uns dos outros, contanto que não se toquem.
■Lírio de fogo
Se você estiver procurando flores com fragrâncias para adicionar ao jardim ou dentro de casa, considere também o cultivo do lírio de fogo. Essa planta adiciona flores vistosas à coleção de plantas de casa e oferece um aroma doce e agradável.
Quanto aos botões dessa planta bulbosa, produzem flores em forma de sino ou estrela. Além disso, sua folhagem pode aparecer antes das flores, mas também ao mesmo tempo. As cores das flores duradouras do lírio de fogo variam em tons marrom, vermelho, branco ou rosa. Ademais, os botões cultivados dentro e fora de casa podem ser empregados em arranjos de corte e duram de dez dias a duas semanas.
■Gladíolo
O gladíolo é uma planta perene conhecida por suas altas hastes de flores e por suas flores grandes e coloridas. Está disponível numa infinidade de cores que geralmente atingem entre 60cm e 1,5 metros. As variedades mais altas, que precisam ser estaqueadas, costumam ser posicionadas ao fundo do jardim a fim de complementar as plantas mais baixas.
Considera-se que as flores do gladíolo na verdade não crescem de bulbos, mas de cormos, um primo intimamente relacionado ao bulbo. Certifique de plantar o gladíolo na primavera e aproveite a beleza de sua exibição no jardim.
■Nazareno
O nazareno é composto por lindas flores azuis cobalto e, com apenas 15 a 20cm de altura, é fácil de encontrar maneiras de adicioná-las a qualquer jardim ou área que deseja adornar. O nazareno também é conhecido como jacinto-uva, o que descreve perfeitamente suas flores, que se parecem com cachos apertados.
Além de lembrar um cacho de uva, as flores de nazareno também exibem uma fragrância doce de suco de uva. O período de floração do nazareno é durante o meio da primavera. Para o cultivo, considere que quanto maior for o tamanho do bulbo para o plantio, maior dará a você uma planta mais forte e com mais flores.
■Açafrão verdadeiro
O açafrão, também conhecido comumente como cúrcuma, é uma herbácea perene tropical da família do gengibre. Normalmente cresce em um aglomerado de folhagem de folhas verdes ornamentalmente atraentes. O açafrão possui uma série de utilizações conhecidas, incluindo como ingrediente na culinária, medicinal e como corante amarelo.
As flores das plantas são consumidas como vegetais. Diferente de outras plantas, o açafrão não começa a brotar durante a estação da primavera, por este motivo, ele pode ser intercalado com bulbos da primavera para compor o jardim, como os narcisos.
■Anêmona
A anêmona é uma das flores de primavera mais atraentes e produtivas. Seus bulbos são muito pequenos e produzem flores parecidas com margaridas. Quanto ao cultivo, a maioria das anêmonas é plantada no outono, para florescer na primavera, no entanto, algumas variedades também podem ser plantadas na primavera, a fim de florescer no início do verão. Florescendo em apenas 3 meses após o plantio, os bulbos da anêmona são fáceis de cultivar e florescem em abundância durante a primavera.
■Alho
O alho é uma das ervas mais conhecidas em todo o mundo. Esta planta perene produz bulbos comestíveis compostos por vários cravos. Este membro da família da cebola foi cultivado por milhares de anos para uso culinário e medicinal.
É interessante que é possível propagar o alho somente a partir de bulbos, pois a planta perdeu a capacidade de produzir sementes férteis, algumas variedades disponíveis hoje nem mesmo produzem hastes de folhas e flores.
■Cebola
A cebola é a base de muitos pratos deliciosos, sendo também, um ingrediente essencial difundido na culinária em muitas partes do mundo. Seu bulbo pode ter 10cm ou mais de diâmetro e é comumente consumido cru ou cozido. A cebola é uma planta bienal, que apresenta floração em sua segunda estação de crescimento.
Cuidados básicos para os bulbos
Nada supera o toque festivo de cor que os bulbos de flores são capazes de trazer para a paisagem. E, para ser ainda melhor, considera-se que bulbos são muito fáceis de cuidar. Para tanto, tenha em mente de que fornecer os cuidados necessários para o cultivo e plantio de bulbos é muito semelhante a outras plantas.
Por este motivo, é sempre bom reconhecer o que você precisa para a manutenção de bulbos. Muitos requisitos estão a apenas um ou dois clique de distância. Veja a seguir os cuidados principais no cultivo de bulbos.
■Preparando os vasos
Ao escolher o solo para envasamento, considere que solos argilosos costumam ser maléficos para bulbos, sobretudo os de flores, provocando inclusive o perecimento. Enquanto que solos arenosos são igualmente nocivos, pois drenam o solo rapidamente.
Para reconhecer o solo ideal, você pode fazer o teste analisando uma amostra de solo que manterá sua forma quando for possível comprimi-lo em uma bola, porém quebrará quando for apertada suavemente com os dedos. Em seguida, utilize o auxílio de uma pá para cavar um buraco onde você deverá acomodar o bulbo com a ponta apontada para cima.
■A acomodação do bulbo pode variar
Alguns truques são úteis no processo de plantio de bulbos, no entanto, para realizar o cultivo, leve em consideração que existem exceções e particularidades para algumas espécies, que podem variar. Além disso, bulbos diferentes requerem igualmente atenção diferente, inclusive profundidades de plantio diferentes. Dessa forma, é sempre recomendado consultar um guia específico para o plantio para cada espécie.
■Fertilizando o solo
Embora os bulbos armazenem nutrientes para eles próprios, será necessário a aplicação de adubos ou fertilizantes no preparo do solo para o plantio do bulbo, a fim de obter melhores resultados. Considere que essa é a única chance que você tem de colocar fertilizante abaixo do bulbo. É importante que os bulbos se desenvolvam a partir de um solo saudável.
Após isso, avalie a aplicação quando a floração estiver diminuindo. E, para tanto, o melhor período para iniciar a fertilização é esperar até que as folhas estejam bem fora do solo. Você poderá escolher entre fertilizante orgânico e inorgânico, ambos são adequados e trarão resultados. No entanto, é necessário cautela no manejo de fertilizantes orgânicos, pois podem queimar as raízes, as folhas ou a placa basal se entrar em contato direto com a substância.
Certifique-se de que a sua aplicação contenha nitrogênio para preparar o solo. Além disso, fósforo e potássio são bons para a resistência a doenças e contribuem para o crescimento de raízes e floração. Também lembre-se de não fertilizar em excesso e de seguir às instruções do recipiente.
■Rega dos bulbos
Você deve iniciar a rega dos bulbos após plantá-los, pois isso ajudará a planta a desenvolver raízes, assim como a fixar o solo ao redor do bulbo. Para tanto, o solo é mantido úmido enquanto a planta estiver crescendo ativamente.
Evite realizar a rega de maneira superficial na planta, pois o bulbo pode ser plantado bem fundo e a água precisa embeber as raízes completamente. Além disso, o solo deverá ser mantido razoavelmente seco enquanto a planta estiver dormente. Ademais, recomenda-se seguir as diretrizes para a variedade de plantas que você estiver lidando.
■Ciclo de vida das plantas e flores com bulbos
As plantas e flores com bulbos costumam ser, na maioria das vezes, de característica perene. Dessa forma, apresentam um período de crescimento e floração e, posteriormente, um período de dormência, de modo que esmorecem de volta ao nível do solo ao final de cada estação de crescimento.
Para os bulbos de primavera, o final da estação de crescimento é no final da primavera ou início do verão. Em conseguinte, os bulbos da primavera só começam a crescer novamente no outono e florescem na estação de crescimento seguinte.
Profundidade ideal para os bulbos
Reconhecer a profundidade de plantio adequada para o cultivo de bulbos é importante para a saúde geral da planta, assim como também para garantir que os bulbos floresçam. Considere que, se plantados muito fundo, as flores desabrocham tarde. Enquanto que se plantado muito raso, o crescimento pode ficar exposto muito cedo, arriscando ser danificado por temperaturas frias a depender da região.
Uma boa regra diz respeito ao plantio do bulbo 2 a 3 vezes mais profundo do que a altura do próprio bulbo. No entanto, lembre-se que diferentes tipos de bulbos precisam ser plantados em profundidades diferentes. Para tanto, determine a profundidade para o tipo de bulbo que você está lidando e conheça mais a seguir sobre as possíveis profundidades de cultivo.
■Bulbo sobre a terra
Os menores bulbos precisam ser plantados nos buracos mais rasos, portanto, não é necessário serem enterrados na hora do plantio. Para tanto, recomenda-se a abertura de covas com profundidades logo abaixo da superfície até 10 cm abaixo.
Alguns dos bulbos que se encaixam nesta categoria são o açafrão, assim como espécies que se assemelham a cebola, como a falsa-cebola-do-mar e a cebola-trepadeira, devendo ser colocados sobre o solo para criar raízes.
■Parcialmente enterrado
Nesta categoria, se encaixam plantas das quais os bulbos devem ter apenas uma parte enterrada, isto é, a área arredondada, e então expor apenas a ponta para fora da terra, já que é dela que brotarão e surgirão as flores e folhas. Portanto, a profundidade da cova pode variar entre 10 e 20 cm. Este grupo inclui espécies como o jacinto, jacinto-uva, tulipa, narciso, amarílis e coroas-da-imperatriz.
■Completamente enterrado
Na última categoria, estão as plantas que apresentam bulbos maiores. De maneira geral, requerem uma profundidade de 20 cm ou mais. No entanto, a profundidade pode variar de acordo com a espécie. Algumas plantas que compreendem este grupo são o lírio, o trevo e a íris-holandesa.
Além disso, para bulbos que produzem plantas altas ou flores pesadas, recomenda-se adicionar uma estaca também profundamente no solo antes de plantar o bulbo. Isso permite amarrar a planta conforme ela cresce de maneira a oferecer um suporte.
Bulbos: um jeito diferente de plantar!
O cultivo de bulbos permite que muitos ornamentais comuns de jardim, como o narciso, a tulipa e o jacinto, produzam suas flores rapidamente ou mesmo precocemente no início da estação de floração. Para isso, basta apenas oferecer algumas condições de crescimento favoráveis.
Algumas espécies produtoras de bulbos são inclusive de importância econômica devido ao sabor e ao valor nutritivo de sua constituição carnuda. Para tanto, cultivar plantas bulbosas apresenta a vantagem de que eles podem armazenar energia de uma estação de cultivo para a seguir.
Ser tão auto suficiente também demonstra que os bulbos não precisam esperar por um clima perfeito ou mesmo exigirem condições de solo ideais. Por natureza, eles já possuem o que precisam para prosperar, refletindo na baixa dificuldade em cultivá-los. E então, gostou dos bulbos? Aproveite nossas dicas para cultivar uma dessas plantas em casa!
Entusiasta do solo e do saber geográfico.