Cravina: flor, como cuidar, paisagismo, curiosidades e mais!

A cravina é uma planta muito popular no Brasil, apesar do seu nome não ser tão ventilado como uma das primeiras opções de paisagistas e jardineiros. Porém, esse artigo vai te mostrar como você pode cultivar essa linda planta na sua casa, seja em jardins, diretamente no solo, ou mesmo em vasos. Todos os métodos são super simples de serem cultivados e você terá sempre um excelente resultado.

Mas antes de iniciar o plantio, existem muitas especificidades para o plantio de uma planta tão delicada de bonita. Assim, separamos para você todas as dicas que você vai precisar, desde a escolha das sementes, até a sua colheita! É isso mesmo, a cravina é uma planta própria para ser colhida, e pode ser levada até mesmo para a mesa de jantar. Saiba mais abaixo!

A cravina é uma planta muito delicada. Sua principal característica é o porte, sendo sempre muito pequena, dentre 1 e 2 centímetros de diâmetro. A principal variedade de cravina cultivada do Brasil é de duas cores, rosa e branco. Porém, a depender das condições climáticas, cuidado ou mesmo da estação que ela florescer, essa mesma variedade também alcança tonalidades avermelhadas.

Sua haste, isto é, o seu caule, é sempre muito verde e longo, de uma cor viva vibrante, destoando dos caules que geralmente vemos nos jardins. Ainda assim, a cravina nasce em grande quantidade, pois uma só semente dá vida a uma porção de cravinas para o seu jardim. Conheça mais sobre ela abaixo.

A flor da cravina é uma flor arredondada, de porte pequeno e quase sem a típica bifurcação central, onde se encontra o pólen das plantas. Ainda assim, sua propagação é muito rápida, pois seu pólen é leve e se espalha apenas com o vento. Porém, se você tiver insetos como abelhas por perto, a tendência é que a sua plantação de cravina se espalhe mais ainda.

Com uma haste longa, a cravina se destaca pela altura que suas pequenas flores alcançam. Além disso, os caules tendem a ser maiores quanto mais próximo aos primeiros meses da primavera você cultivá-la. Por isso, comece a se preparar para ter essa planta em casa desde o final do inverno.

Com uma flor arredondada e com um clássico formato de espiral, a cravina é uma planta que desenvolveu uma estrutura para aguentar ventos mais fortes sem ser atingida diretamente por eles, mas fazendo com que esse vento se dissipe conforme toca na sua flor.

Esse efeito radial que a flor apresenta também protege o caule, que quanto mais longo, mais frágil fica, a depender dos ventos que incidem sobre o local do plantio. Assim, procure não deixar a sua cravina em um local tão aberto, mas que haja ao menos uma parede por perto.

A cravina tem tomado um espaço importante no paisagismo nacional. Isso porque, recentemente, as variedades de cravina se espalharam pelo mundo de forma mais incisiva. Um ponto forte para isso foi a memorável apresentação de um campo de cravinas na Holanda, país conhecido pelo cultivo de flores e pela vastidão de espécies.

No Brasil, essa planta começa a surgir, ainda que timidamente, em fachadas de construções da repartição pública e praças municipais. Isso demanda que os jardineiros conheçam cada vez mais essa planta, procurando saber sobre seus cuidados. Esse movimento fez com que, no Brasil, as cravinas ficassem cada vez mais populares.

A cravina é uma planta que tem um ciclo de vida perene, caso seja plantada em suas condições climáticas típicas, isto é, um clima temperado e com poucas chuvas. Porém, sabemos que esse clima é raro no Brasil, onde, ainda que haja uma temperatura mais amena, as chuvas incidem com força ao menos uma vez por ano.

Assim, no Brasil essa planta tende a ter um ciclo de vida bienal, isto é, precisa ser replantada a cada dois anos. Porém, isso não é problema, já que se trata de uma grande parcela de tempo, e as sementes dessa planta são fáceis de serem encontradas e cultivadas.

O preço médio de um vaso pequeno de cravina gira em torno de R$10,00. Ainda assim, é possível encontrar variedades dessa planta que chegam até R$50,00, em geral em mercados agrícolas ou comércios de paisagismo em geral. É uma planta facilmente encontrada nestes locais especializados, e tem tomado cada vez mais as floriculturas e mesmo os mercados tradicionais brasileiros.

Uma nova tendência de paisagismo e que confirma a sua popularização é encontrarmos sempre vasos de flores em mercados tradicionais das principais redes de supermercados do país. Caso você saiba onde tem um desses, vale a pena procurar pela cravina, visto que a alta demanda faz com que haja sempre algum vaso disponível.

Houve, em um passado distante, uma variedade da cravina que concentrava em si níveis de enxofre. Isso, porém, teve uma rápida tendência de queda. O motivo é: como essa planta exalava um odor não muito usual nos jardins, ela foi cada vez deixada de lado na opção dos floriculturistas. Assim, todas as variedades da cravina encontradas no mercado hoje não são venenosas.

Muito pelo contrário. A cravina é uma planta comestível, se alinhando a um seleto grupo de flores que você pode cultivar no seu jardim e levar diretamente para o seu almoço em família. É possível mesmo temperar essa flor com temperos típicos brasileiros e aproveitar um prato bonito e saudável.

Para cuidar da cravina, é preciso ter apenas o comprometimento para observar essa planta de forma atenta e cuidadosa. Isso porque, ainda que seja uma planta resistente, seu tamanho pequeno faz com que eventuais pragas se alastrem rapidamente.

Vamos ensinar exatamente como cuidar dessa planta para que você afaste cada vez mais a possibilidade de pragas e doenças. E, caso aconteça, também ensinaremos como tratar a sua cravina.

Para plantar a cravina, primeiro decida se você irá deixá-la em seu jardim ou em vasos. Isso porque, além de terem cuidados um pouco diferentes, é possível que a sua região ou mesmo a luminosidade da sua casa influencie a sua decisão para um lado ou para o outro.

Assim, caso você tenha um jardim muito aberto e sem paredes por perto para barrar um pouco do vento, opte por plantá-la em vasos, a fim de que os ventos não atrapalhem o crescimento da sua planta.

Caso você decida plantar em vasos, isso pode ser um grande benefício, já que será possível mover a sua cravina para um local de menos ou mais sol, a depender da temperatura e das especificidades de casa estação. Porém, neste caso, você não aproveitará a propagação natural que a cravina proporciona, sendo capaz de rapidamente cobrir uma faixa de terra por completo, caso plantada em um jardim.

O solo para a cravina deve ser rico em matéria orgânica, visto que essa planta necessita de grande quantidade de carbono para crescer vistosa e saudável. Caso você plante nas épocas corretas, elas florescerão e permanecerão com uma tonalidade mais avermelhada.

O pH do solo é muito importante. Assim, procure corrigir o pH com uma porção de calcário, cerca de 300 miligramas de calcário por m² de plantação de cravina. Antes de plantar, despeje o calcário e deixe-o agir no solo por ao menos uma semana.

Depois, utilize a matéria orgânica advinda de cascas de legumes, talos de verduras e restos de frutas que você geralmente levaria ao lixo em casa. Deixe esse material por cima do solo com luminosidade plena, regando uma vez ao dia, para que os nutrientes se espalhem com mais facilidade na terra.

Após realizar esse processo também por uma semana, misture a matéria orgânica no interior do solo e pronto, ele está pronto para o plantio das sementes de cravina.

A rega da cravina vai depender da região e da umidade do ar que a sua plantação dispuser. Isso porque, a água tem como essência a função de hidratar as fibras da planta, fazendo com que suas pétalas e suas hastes se tornem bem irrigadas e mais pesadas. Esse pese natural da planta é importante também para a sua sustentação em relação ao vento, pois a cravina, como já dissemos, deve ser protegida de ventos muito fortes.

Portanto, caso você viva em regiões em que a chuva é constante e a umidade é alta, basta regar a sua cravina todos os dias nos 2 primeiros meses de plantio, e voltar a regar somente caso o tempo seco retorne, isto é, caso se passe em média 5 dias sem chover novamente. Isto na fase adulta da planta já desenvolvida.

Porém, se você residir em uma região de clima seco, ou estiver passando por uma estiagem rigorosa, aproveite este tempo para regar a sua cravina duas vezes no dia, pela manhã, antes do sol das 9 horas, e de noite, após o sol da tarde ter ido embora. Assim, você manterá a planta sempre bem irrigada e apta para crescer de forma saudável e bem desenvolvida.

A iluminação ideal para a cravina é uma iluminação à meia-sombra, ou meia-luz, como também é conhecida. Esse tipo de iluminação é muito comum para flores, já que a ausência de folhas largas, comuns em plantas e árvores frutíferas, torna essas flores menos suscetíveis aos raios solares, causando queimaduras no caule e nas pétalas.

Para a cravina plantada em solo, procure plantá-la em uma região em que, de preferência, incida o sol matinal, que é mais fraco. Caso não seja possível, o sol da tarde também vai bem, mas se atente para se, no verão, o calor excessivo não está causando queimaduras. Caso isso esteja ocorrendo, proteja seu cultivo com uma tela horizontal, também adquirida em mercados agrícolas para hortas.

Já em relação ao plantio de cravina em vasos, essa questão é mais fácil de lidar, pois basta colocar e retirar a sua flor do sol em momentos oportunos. Assim, caso tenha disponibilidade, coloque a cravina ao sol logo que acordar pela manhã, e retire para um local de iluminação indireta, como dentro de casa, mas próxima de uma janela, ainda no período do almoço.

A temperatura ideal para a cravina é a temperatura típica de um clima temperado, isto é, com temperatura entre 12ºC e, no máximo, 24ºC. Isto porque essa planta teve sua origem em regiões deste clima, suportando climas mais gelados. Porém, isso não significa que ela não precise de sol.

É mais importante garantir uma luminosidade mínima para a cravina, mesmo que em temperaturas mais altas, do que deixá-la totalmente sem luz em tempos de calor.

Assim, caso você viva em uma região de calor, procure regar a cravina por mais vezes, com abundância no período da manhã, para que ela suporte o sol por mais tempo. Dessa forma, ela garantirá também uma umidade do ar perto de si mais apropriada para a sua espécie.

A propagação da cravina é feita por meio do pólen da planta com plantas da espécie que sejam plantadas próximas. Assim, por seu pólen ser fino e fácil de ser espalhado, essa planta garante um grande número de novas flores em um curto período de tempo. Assim, caso você cuide com cuidado da sua cravina ao longo de 6 meses, já veja novas cravinas crescendo pelas proximidades.

A muda de cravina é feita em geral pelas sementes. Isso porque, uma vez plantada ou germinada naturalmente pelo processo de propagação da planta, a cravina não detém força suficiente para ser retirada da terra e replantada. Assim, utilize sempre as sementes para germinar uma nova muda e replantá-la no solo, mas nunca o caminho contrário.

Isto pois a retirada da planta do solo é muito mais "dolorosa" para a cravina do que a retirada do vaso, já que nele o solo sai totalmente, sem danificar as raízes.

A principal peste que pode assolar a cravina é o pulgão, conhecida praga brasileira que ataca as folhas e frutos das árvores. Porém, ele também se interessa pela seiva da cravina, e pode até mesmo partir o seu caule ao meio caso tenha tempo suficiente para isso.

Por isso, o mais recomendado para o tratamento desta praga em seu estágio intermediário é o uso de enxofre nos períodos noturnos. Depois, regue bem a cravina antes do sol nascer.

Para o replantio, a cravina deve estar já com ao menos 3 semanas no vaso. Assim, você poderá passá-la diretamente para o solo ou para um vaso maior, capaz de suportar mais mudas de cravina em conjunto.

Quando fizer isso, certifique-se de não molhar o vaso no dia, para que a sua terra esteja mais rígida e saia com maior facilidade, sem machucar as raízes.

A cravina é uma planta extremamente delicada, e sua poda é somente recomendada caso o calor do verão esteja machucando ou queimando suas pétalas e folhas. Assim, faça uma poda vertical nas flores mais danificadas, mas mantenha as folhas da cravina, que protegerão o caule da luminosidade excessiva que pode acometer essa planta em períodos de verão.

Caso não seja sanado o problema, invista em uma tela protetora para diminuir a luminosidade.

Para a manutenção da cravina, aplique a terra irrigada com humus de minhoca a cada mês, garantindo que haja sempre uma matéria orgânica pela qual ela se alimentará. Além disso, procure regar a planta diariamente em períodos de maior calor, e não exagere nos períodos de clima alta pluvial. Seguindo todas essas dicas que apresentamos, será muito simples e terapêutico cuidar dessa linda planta.

Apresentamos até agora a espécie da cravina mais comum no Brasil. Porém, existem muitas variedades da planta, e todas necessitam em geral dos mesmos cuidados, divergindo apenas em aparência, como coloração, formato das folhas ou grossura do caule. Assim, veja abaixo as variedades da cravina.

A CoronaTM Rose é uma espécie de cravina que não tem seu formato de pétala circular, mas apresenta três pétalas achatadas que, juntas, dão o aspecto circular pelo qual a planta é conhecida. Sua coloração é de um rosa escuro no centro e que acompanha em degradê um rosa um pouco mais claro nas pontas, dando ar bastante sofisticado para a flor.

A cravina Diamond Blush Pink é uma cravina que pode ter várias cores, até mesmo no mesmo caule. Porém, sua marca são as extremidades pontiagudas, que fornecem um ar menos suave, mas muito bonito. As extremidades das pétalas geralmente tem uma coloração de tonalidade mais clara do que o centro, e quando o centro é avermelhado, as extremidades sãos brancas.

A cravina Diamond Carmine é uma planta um pouco diferente das demais, já que sua pétala é muito maior do que geralmente se vê nas espécies dessa planta. Sua coloração é sempre avermelhada e as suas pétalas são sempre em 6, apresentando 3 para cima e 3 para baixo, sempre muito organizadas e retilíneas. Esse aspecto pontiagudo também dá um ar sofisticado à planta.

A cravina Diamond Coral é uma espécie pouquíssimo encontrada no Brasil, pois sua temperatura ideal é abaixo dos 18ºC. Por isso, mesmo no sul do país, essa temperatura não é alcançada em todos os meses. Com um cultivo forte na Europa, essa variedade apresenta uma coloração rosa claro, por vezes alaranjada, e uma delicadeza ímpar. Seu tamanho também é um pouco menor que as demais cravinas.

A cravina Diamond Pink é uma planta sempre rosada, de um interior que mescla tons mais fortes, quase roxos, e mais fracos, geralmente nas extremidades. Essa dualidade de cores dá um tom bastante característico à cravina Diamond Pink, pois o roxo é uma especificidade dela. Seu tamanho é o mesmo que da maioria das cravinas, com cerca de 3 centímetros de diâmetro.

A cravina Diamond Scarlet é a mais avermelhada de todas, crescendo e se alastrando de forma que mais parece uma pequena árvore do que uma flor de jardim. Sua principal característica é o vermelho vívido de suas pétalas e seu crescimento verticalizado, que a torna uma planta muito bonita para ser plantada isolada das demais.

A cravina Floral Lace Crimson é uma cravina também vermelha, mas de uma coloração menos forte, e por vezes com alguns tons esverdeados em sua pétala. Sua principal característica é o crescimento em abóbada, isto é, quando plantada em vasos, essa planta completa um círculo em sua superfície, de modo natural, de forma que o cultivo é fácil e o manuseio quase não é necessário.

A cravina Floral Lace Lilac é uma planta lilás e com tons roxos em seu interior. Apesar disso, ela ainda apresenta as extremidades brancas ou quase brancas, de um lilás muito fraco e sutil. Suas pétalas, sempre muito bonitas, são pontiagudas e pequenas. Seu crescimento é desigual, sendo que uma mesma planta apresenta pétalas menores ou maiores, de caule mais comprido ou menos, por questões de mudança climática no florescimento.

Neste artigo apresentamos informações gerais e dicas de como cuidar da cravina, e já que entramos nesse tema, também gostaríamos de apresentar alguns de nossos artigos de produtos de jardinagem, para que você cuide cada vez melhor de suas plantas. Confira abaixo!

Agora que você sabe mais sobre todas as cravinas que existem no Brasil e pelo mundo, não espere mais, adquiria as sementes dessa flor e cultive mudas de cravina no seu jardim ou no seu vaso. Os cuidados para a planta são sutis, mas a sensação terapêutica de cultivar uma flor tão delicada com suas próprias mãos valem qualquer esforço.

Assim, invista em diferentes espécies de cravina para adquirir um jardim muito bonito e bem colorido, podendo ainda ficar despreocupado com a manutenção desse jardim, já que todas elas necessitam dos mesmos cuidados. Portanto, será muito mais fácil e agradável cultivar cravinas desta forma.